Washington - Um juiz federal da Pensilvânia declarou nesta terça-feira inconstitucionais as medidas migratórias para a regularização da situação de mais de cinco milhões de imigrantes ilegais assinada pelo presidente Barack Obama, como parte de uma sentença sobre um caso de um imigrante hondurenho acusado de dirigir sob efeito do álcool.
O magistrado Arthur Schwab, nomeado pelo ex-presidente republicano George W. Bush, mencionou o decreto presidencial na sentença do acusado, Elionardo Juárez-Escobar, alegando que ele poderia se beneficiar das medidas de Obama.
Esta é a primeira decisão judicial contra a regularização de imigrantes ilegais anunciada por Obama em novembro, uma medida que atiçou a oposição republicana e que abriu uma nova batalha no Congresso, controlado pelos conservadores a partir de janeiro.
Por se tratar de um caso individual que não tem relação direta com o decreto do presidente, os analistas consultados pela imprensa americana consideram que a decisão judicial não terá um impacto relevante.
O que pode ter é a ação apresentada por uma coalizão de mais de 20 estados, liderada pelo Texas, contra as medidas executivas anunciadas por Obama.
O caso no qual o juiz Schwab se apoiou para se pronunciar contra o decreto presidencial é o do imigrante hondurenho, que foi deportado em 2005 e que voltou ao país este ano, quando foi detido ao ser flagrado dirigindo embriagado.
Seu argumento para opinar sobre o decreto presidencial é que Juárez-Escobar poderia evitar a deportação graças à regularização de Obama.
O juiz afirmou que Obama "violou a separação de poderes" com sua ação unilateral, e a considerou "inconstitucional".
"Sua medida permite que um amplo grupo de indivíduos receba um tratamento diferente que outros com base em classificações arbitrárias, em lugar de segundo uma análise de cada caso individual", argumentou o magistrado.
Vivem atualmente nos Estados Unidos 11,3 milhões de imigrantes ilegais, segundo os cálculos do governo, a maioria de latino-americanos e mais da metade mexicanos.
O grosso da regularização atinge nos 3,7 milhões de imigrantes ilegais que, segundo o Migration Policy Institute, têm filhos que são cidadãos americanos ou com residência permanente e vivem a pelo menos cinco anos no país.
Este grupo obterá um status legal temporário, com o qual evitarão a deportação, e os que não tiverem antecedentes penais poderão ter direito a uma licença de trabalho.
Os outros 1,5 milhão ficariam regularizados pela ampliação da Ação Diferida, medida que desde sua entrada em vigor em agosto de 2012 evitou a deportação de mais de 580 mil jovens imigrantes ilegais que chegaram aos EUA quando eram crianças.
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1. Mudança
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1/12 (FABIO MANGABEIRA)
São Paulo – A Letônia é o país que tem as piores condições para receber
imigrantes, segundo o índice
MIPEX, produzido em parceira entre o British Council e a organização europeia para políticas de imigração Migration Policy Group, revisado periodicamente. O
ranking avaliou países europeus, o Canadá e os Estados Unidos. Recentemente, a pesquisa também incluiu o Japão (que ficou em 29º lugar do ranking) e a Austrália (que figurou em quinto lugar). Foram analisados 33 países no total e, por conta desta metodologia, nenhum país da América Latina apareceu no ranking. O estudo aplicou uma nota de até 100 para sete áreas principais: mobilidade no mercado de trabalho, possibilidade de reunir a família no país, educação, participação do imigrante na política, residência de longo prazo, acesso à nacionalidade e políticas contra discriminação. Nenhuma nação alcançou a nota máxima. Confira nas fotos ao lado e confira os piores países para ser imigrante segundo a classificação geral, além da nota em cada um dos critérios estudados.
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2. 33º) Letônia – 31 pontos
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2/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 36
Possibilidade de reunir a família: 46
Residência de longo prazo: 59
Políticas contra discriminação: 25
Participação política:18
Acesso à nacionalidade: 15
Educação:17
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3. 32º) Chipre – 35 pontos
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3/12 (Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 21
Possibilidade de reunir a família:39
Residência de longo prazo:37
Políticas contra discriminação: 59
Participação política: 25
Acesso à nacionalidade: 32
Educação: 33
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4. 31º) Eslováquia – 36 pontos
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4/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 21
Possibilidade de reunir a família: 53
Residência de longo prazo: 50
Políticas contra discriminação: 59
Participação política: 21
Acesso à nacionalidade: 27
Educação: 24
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5. 30º) Malta – 37 pontos
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5/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 43
Possibilidade de reunir a família: 48
Residência de longo prazo: 64
Políticas contra discriminação: 36
Participação política: 25
Acesso à nacionalidade: 26
Educação: 16
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6. 29º) Japão – 38 pontos
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6/12 (Kiyoshi Ota/Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 62
Possibilidade de reunir a família: 51
Residência de longo prazo: 58
Políticas contra discriminação: 14
Participação política: 27
Acesso à nacionalidade: 33
Educação: 19
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7. 28º) Lituânia – 40 pontos
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7/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 46
Possibilidade de reunir a família: 59
Residência de longo prazo: 57
Políticas contra discriminação: 55
Participação política: 25
Acesso à nacionalidade: 20
Educação: 17
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8. 27º) Bulgária – 41 pontos
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8/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 40
Possibilidade de reunir a família: 51
Residência de longo prazo: 57
Políticas contra discriminação: 80
Participação política: 17
Acesso à nacionalidade: 24
Educação:15
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9. 26º) Polônia – 42 pontos
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9/12 (Wikimedia Commons)
Mobilidade no mercado de trabalho: 48
Possibilidade de reunir a família: 67
Residência de longo prazo: 65
Políticas contra discriminação: 36
Participação política: 13
Acesso à nacionalidade: 35
Educação: 29
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10. 25º) Áustria – 42 pontos
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10/12 (Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 56
Possibilidade de reunir a família: 41
Residência de longo prazo: 58
Políticas contra discriminação: 40
Participação política: 33
Acesso à nacionalidade: 22
Educação: 44
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11. 24º) Suíça – 43 pontos
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11/12 (Mike Hewitt/Getty Images)
Mobilidade no mercado de trabalho: 53
Possibilidade de reunir a família: 40
Residência de longo prazo: 41
Políticas contra discriminação: 31
Participação política: 59
Acesso à nacionalidade: 36
Educação: 45
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12. Agora veja a ponta contrária do ranking
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12/12 (Sean Gallup/Getty Images)