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Juiz decidirá sobre recurso contra decreto de imigração nos EUA

A medida de Trump impõe um veto temporário à entrada de pessoas de 6 países de maioria muçulmana, embora autorize a vinda dos que já possuem visto

Trump: o presidente afirma que as medidas são necessárias para proteger o país de ameaças terroristas (Jonathan Ernst/Reuters)

Trump: o presidente afirma que as medidas são necessárias para proteger o país de ameaças terroristas (Jonathan Ernst/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de março de 2017 às 18h22.

Washington - Um juiz federal no Havaí, Derrick Watson, concordou nesta quarta-feira em avaliar em breve um questionamento ao novo decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para restringir a imigração no país.

A medida de Trump impõe um veto temporário à entrada de pessoas de seis países de maioria muçulmana, embora autorize a vinda dos que já possuem visto.

Watson concordou em ouvir os argumentos orais em 15 de março sobre o pedido do Estado do Havaí por uma decisão temporária para impedir o cumprimento das restrições, que devem entrar em vigor no dia 16.

O Estado e o Departamento de Justiça, que defende o decreto, concordaram com a data.

O decreto assinado na segunda-feira por Trump impede temporariamente a emissão de novos vistos para pessoas de Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen. Também suspende temporariamente a entrada de refugiados em território americano.

O presidente afirma que as medidas são necessárias para proteger o país de ameaças terroristas.

Os críticos dizem que as medidas são a mais recente estratégia encoberta de Trump para cumprir sua promessa de campanha de implementar uma proibição de entrada de muçulmanos.

O decreto é a segunda versão do Executivo sobre o tema, após aquele firmado em 27 de janeiro, mais duro, ser alvo de uma batalha judicial, com magistrados avaliando que poderia ser inconstitucional.

O caso levantado pelo Havaí pode ser o teste inicial para se saber se a versão revisada terá mais sucesso no Judiciário. Aparentemente, o Havaí foi o primeiro litigante a questionar o novo decreto judicialmente.

Fonte: Dow Jones Newswires

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