Brett King e Naghemeh King, acusados de tirar o filho de hospital onde tratava de tumor (AFP)
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2014 às 13h43.
Um juiz espanhol convocou para quarta-feira os pais de Ashya King, o menino britânico que sofre um tumor cerebral e que saiu do hospital sem permissão médica, para definir se o casal deve permanecer detido à espera de uma decisão sobre a extradição.
A audiência está programada para as 11h00 (6H00 de Brasília) para decidir a situação, segundo uma fonte judicial.
O juiz Ismael Moreno, da Audiência Nacional, principal instância penal espanhola, deverá decidir se o casal deve ir para a prisão ou fica em liberdade, à espera de uma decisão sobre a entrega às autoridades do Reino Unido.
Depois da detenção no sábado no sul da Espanha, os pais de Ashya, Brett King, de 51 anos, e Naghemeh King, de 45, compareceram na segunda-feira a uma audiência com o juiz Moreno.
Ambos não aceitaram ser entregues às autoridades, que haviam alertado a Interpol sobre a fuga, afirmando temer pela vida de Ashya King, de cinco anos, operado recentemente e que depende de uma sonda nasogástrica para alimentação.
Após a audiência de segunda-feira, o magistrado decidiu prolongar a detenção por no máximo 72 horas.
O juiz solicitou um relatório médico urgente ao hospital de Málaga, onde a criança está internada sob vigilância policial desde a detenção dos pais.
Os pais de Ashya King retiraram o menino na quinta-feira da semana passada de um hospital de Southampton, sul da Inglaterra.
Eles viajaram para o sul da Espanha com o objetivo de vender uma casa da família em Málaga e buscar um "tratamento mais avançado" para o menino na República Tcheca, explicou o advogado Juan Isidro Fernández Díaz.