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Juiz condena ANP a compensar vítimas israelenses de ataque

As vítimas foram assassinadas por homens armados nos arredores da capital israelense em agosto de 2001

Palestinos protestam a favor das facções armadas palestinas na cidade de Rafah, na Faixa de Gaza (Reuters/Ibraheem Abu Mustafa)

Palestinos protestam a favor das facções armadas palestinas na cidade de Rafah, na Faixa de Gaza (Reuters/Ibraheem Abu Mustafa)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2014 às 16h32.

Jerusalém, - Um tribunal de Jerusalém condenou neste domingo a Autoridade Nacional Palestina (ANP) a pagar uma compensação econômica à família de três israelenses baleados em uma estrada durante a Segunda Intifada pelo seu envolvimento no ataque.

As vítimas - Yaniv Ben Shalom, sua mulher Sharon Ben Shalom e seu cunhado Doron Yosef - foram assassinadas por homens armados nos arredores da capital israelense em agosto de 2001.

De acordo com sentença, emitida hoje após cinco anos de processo, a ANP está legalmente obrigada a compensar à família das vítimas por "cooperação e negligência".

"As armas e os fundos foram transferidos pela ANP aos comandantes das organizações terroristas. A ANP conhecia e entendia o propósito dessas transferências", explica a sentença, divulgada pela imprensa local.

"Dado que a ANP tem a obrigação de se preocupar com qualquer indivíduo que sofra ferimentos de suas armas, esta autoridade está obrigada a compensar os indivíduos se a determinação não é cumprida", acrescenta.

O juiz Moshé Drori também considerou responsável o deputado palestino Marwan Bargouthi, condenado a cinco penas de prisão perpétua e detido desde 2002.

"As provas mostram que o acusado número dez conhecia o ataque e foi informado do mesmo após ser perpetrado. Os contatos foram um primo de Bargouthi e seu próprio motorista", afirma.

Segundo o juiz, a decisão do deputado do movimento Fatah de não responder às acusações fez com que ele aceitasse a versão dos autores do processo. Os acusados tentaram desvincular a ANP das denúncias.

As vítimas iniciaram o processo em 2009 e, no princípio, denunciaram também a Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Mas as queixas foram retiradas depois de concluírem que não havia provas suficientes.

O juiz adiou a sentença definitiva até que se calcule o valor da compensação, explicou o diário local "Jerusalem Post". 

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