Londres: o procurador disse que Hassan expressou ódio pelo Reino Unido (Peter Nicholls/Reuters)
Reuters
Publicado em 22 de setembro de 2017 às 17h41.
Londres - Um jovem de 18 anos que foi para o Reino Unido depois que seus pais foram mortos no Iraque compareceu a um tribunal de Londres nesta sexta-feira devido a uma acusação de tentativa de assassinato no ataque com bomba em um trem lotado do metrô na capital britânica na semana passada.
Ahmed Hassan é acusado de ter realizado o atentado que feriu 30 pessoas na estação londrina de Parsons Green na sexta-feira passada. De moletom cinza e cabelos escuros encaracolados na altura dos ombros, ele só se dirigiu à Corte dos Magistrados de Westminster para confirmar seu nome e endereço.
Hassan, que mora em Sunbury-on-Thames, uma cidade ao sudoeste de Londres, foi acusado de tentar matar passageiros a bordo de um trem que seguia para o centro da capital partindo de Wimbledon, subúrbio do sudoeste.
Também se imputa a ele uma explosão com potencial de ameaçar vidas com o uso de triperóxido de triacetona (TATP) - um explosivo altamente volátil conhecido como "a mãe de Satã" - ou outra substância explosiva.
O procurador Lee Ingham disse ao tribunal que Hassan expressou ódio pelo Reino Unido e que sua "visão distorcida" o motivou a realizar o ataque.
Não existia base para fiança, e o caso será retomado em 13 de outubro.
A bomba caseira envolveu o vagão em chamas, mas aparentemente não explodiu totalmente. Foi o quinto ataque militante no país até agora neste ano.
A polícia continua a interrogar dois outros homens de 25 e 30 anos. Um jovem de 17 anos, que foi detido na quinta-feira, foi solto nesta sexta-feira e não enfrentará novas acusações.
Dois outros homens presos durante o inquérito também foram liberados da custódia na quinta-feira.