São Paulo - Joseph Blatter, recém reeleito presidente da Fifa que desistiu do cargo nesta terça-feira, está sendo investigado pela justiça americana. Segundo o The New York Times, que ouviu fontes anônimas, Blatter é foco de uma investigação nos Estados Unidos sobre corrupção.

O jornal afirma que autoridades americanas estariam investigando Blatter por corrupção, e que em troca de informações, esses oficiais esperavam ter a cooperação de outros dirigentes da Fifa também investigados para conseguir abrir um processo.

Joseph Blatter anunciou nesta terça-feira que deixará o cargo. Um congresso extraordinário da entidade será convocado para que um novo presidente seja eleito.

A decisão de Blatter, que comandava a entidade desde 1998, foi anunciada na sede associação, em Zurique, na Suíça.

Na última quarta-feira, sete altos dirigentes da entidade foram presos a pedido de autoridades americanas por supostamente usufruírem durante 24 anos de um esquema mafioso de fraude, corrupção e lavagem de dinheiro.

De acordo com uma investigação conduzida pelo FBI, pelo menos duas gerações de dirigentes de futebol usaram de suas posições para solicitar subornos de empresas esportivas por trocas de direitos comerciais sobre torneios. Pelo menos US$150 milhões foram usados nas transações investigadas.

A operação de semana passada apreendeu também documentos que estariam relacionados a propinas pagas aos dirigentes para a escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.

Os presos

Além do brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF, os demais detidos são Jeffrey Webb, vice-presidente da FIFA e presidente da Concacaf, Eduardo Li, membro dos comitês executivos da FIFA e da Concacaf, Julio Rocha, diretor de desenvolvimento na FIFA, Costas Takkas, adjunto do gabinete do presidente da Concacaf, Eugenio Figueredo, atual vice-presidente da FIFA, e Rafael Esquivel, membro executivo da Conmebol.

Texto atualizado às 18h54