O ex- presidente da CBF, José Maria Marin: por razões de segurança, o ministério não irá informar o momento da transferência de Marin para os Estados Unidos (Alexandre Schneider/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2015 às 11h08.
Genebra - O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, aceitou ser extraditado para os Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira o Ministério Federal de Justiça e Polícia da Suíça.
Com esta decisão, o governo suíço autorizou a ida do ex-dirigente, que está preso desde maio, mediante um procedimento simplicado.
O dirigente era o último dos envolvidos no caso que ainda não havia entrado em acordo para a extradição. Apenas o ex-vice-presidente a Fifa, o trinitino Jeffrey Webb, fez acordo prévio, pouco depois de ser preso.
Marin havia se demonstrado contra a ida para os EUA desde o momento em que foi detido, mas ontem, durante interrogatório, demonstrou estar de acordo com a transferência, conforme informou o Ministério suíço.
O comunicado emitido pela pasta, contudo, já antecipou que, por razões de segurança, não irá informar o momento da transferência de Marin para os Estados Unidos. O prazo para que ele seja entregue às autoridades americanas é de dez dias, no entanto.
O brasileiro, que comandou a CBF entre 2012 e 2014, além de ter sido deputado estadual e governador de São Paulo, foi detido junto com outros seis dirigentes em 27 de maio, a pedido da Procuradoria de Nova York, por ter aceito suborno em troca de garantir a algumas empresas os direitos de transmissão e marketing de competições.
Marin, concretamente, é acusado de receber dinheiro pelas negociações envolvendo as edições da Copa América de 2015, 2016, 2019 e 2023, além da Copa do Brasil, no período entre 2013 e 2022.
Atualizado às 12h07.