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Jornalistas presos na Turquia ganham liberdade provisória

Jake Hanrahan e Philip Pendlebury, e seu intérprete, Mohammed Ismael Rasul, cobriam o conflito curdo no sudeste da Turquia para a "VICE News"


	Membros do exército no sul da Turquia: após um recurso da defesa, os dois europeu foram postos em liberdade hoje, enquanto a detenção do iraquiano Rasul continua
 (Ilyas Akengin/AFP)

Membros do exército no sul da Turquia: após um recurso da defesa, os dois europeu foram postos em liberdade hoje, enquanto a detenção do iraquiano Rasul continua (Ilyas Akengin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2015 às 11h50.

Ancara - Um tribunal de Diyarbakir, no sudeste da Turquia, decidiu nesta quinta-feira pôr em liberdade provisória os dois jornalistas britânicos detidos na semana passada, embora não tenham soltado seu tradutor, iraquiano, informou o jornal turco "Hürriyet".

Jake Hanrahan e Philip Pendlebury, e seu intérprete, Mohammed Ismael Rasul, cobriam o conflito curdo no sudeste da Turquia para a "VICE News", um meio americano, e foram detidos na semana passada na província de Diyarbakir.

Um tribunal decretou na terça-feira prisão provisória para os três, mas após um recurso da defesa, os dois europeu foram postos em liberdade hoje, enquanto a detenção de Rasul continua.

A promotoria turca acusa os três de "trabalharem a favor de uma organização terrorista, embora sem fazer parte de sua estrutura hierárquica".

Inicialmente era investigada uma suposta relação dos jornalistas com o grupo jihadista "Estado Islâmico", mas depois a promotoria reorientou sua investigação para o aparentes vínculo com o proscrito Partido de Trabalhadores de Curdistão (PKK), a guerrilha curda, segundo a agência de notícias "Anadolu".

O clube PEN International emitiu um comunicado pedindo a libertação imediata dos repórteres em que classificou a detenção de "assédio inaceitável, parte de uma tendência crescente na Turquia de acossar jornalistas que investigam alguns dos temas mais importantes e delicados do país".

A nota acusa diretamente o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, de "tentar suprimir toda cobertura crítica, mas especialmente a referida ao conflito nas áreas majoritariamente curdas do sudeste".

Embora vários jornalistas locais sofram assédio legal, os correspondentes estrangeiros não costumam ter conflitos com o judiciário, além de ocasionais detenções ou interrogatórios policiais que costumam terminar sem acusação.

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