Petra Laszlo chuta refugiado: jornalista tinha sido acusada de vandalismo por chutar e dar rasteiras em refugiados (Marko Djurica/Reuters)
EFE
Publicado em 13 de janeiro de 2017 às 09h00.
Última atualização em 13 de janeiro de 2017 às 12h15.
Budapeste - Petra Laszlo, a jornalista húngara que em setembro de 2015 foi filmada agredindo refugiados que entravam em seu país vindos da Sérvia, foi condenada a três anos de liberdade condicional, informou nesta sexta-feira a imprensa local.
O juiz que conduziu o processo e ditou na quinta-feira pela tarde a sentença, indicou que o comportamento de Laszlo foi contrário as normas da sociedade e rejeitou o argumento de seu advogado de que a condenada agiu em legítima defesa ao ver centenas de pessoas correndo em direção a ela.
Laszlo, que recorrerá da condenação, tinha sido acusada de vandalismo por chutar e dar rasteiras em refugiados, entre eles crianças, que tentavam se esquivar da polícia.
A jornalista acompanhou a audiência do julgamento via teleconferência e, em alguns momentos, começou a chorar e garantiu que tinham lançado contra ela uma campanha de ódio.
Em sua acusação, a promotoria indicou que o comportamento violento da acusada, que não causou ferimentos, provocou consternação nas pessoas que estavam presentes".
No entanto, também afirmou que não era possível comprovar que "a origem das vítimas ou o fato de que se tratavam de imigrantes" foi o que motivou a atitude agressiva da jornalista.
A defesa, por sua vez, assegurou que o chutes e rasteiras foram uma reação típica de pânico.
Petra Laszlo, que trabalhava para a emissora de televisão "N1", próxima do partido de extrema-direita Jobbik, foi demitida e depois pediu perdão por seus atos.