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Jornalista japonês refém na Síria há três anos é libertado

O jornalista freelancer Jumpei Yasuda relatou ter sido capturado por um grupo afiliado à Al Qaeda ao entrar na Síria pela Turquia em 2015

Yasuda: o jornalista afirmou ter ficado detido na Síria durante 40 meses (Kyodo/Reuters)

Yasuda: o jornalista afirmou ter ficado detido na Síria durante 40 meses (Kyodo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de outubro de 2018 às 13h32.

Última atualização em 24 de outubro de 2018 às 15h46.

Tóquio/Istambul - Um jornalista japonês que foi tomado como refém por militantes islâmicos depois de ser capturado na Síria três anos atrás foi libertado e será levado para casa o mais cedo possível, informou o ministro de Relações Exteriores do Japão nesta quarta-feira.

Diplomatas japoneses na Turquia confirmaram se tratar de Jumpei Yasuda, um freelancer de 44 anos que relatou ter sido capturado por um grupo afiliado à Al Qaeda ao entrar na Síria pela Turquia em 2015. Yasuda agradeceu sua libertação em um vídeo divulgado por autoridades turcas.

"Meu nome é Jumpei Yasuda, jornalista japonês. Fiquei detido na Síria durante 40 meses, agora na Turquia. Agora estou em condições seguras. Muito obrigado", disse ele, que ostentava uma barba.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, expressou seu alívio mais cedo, enquanto ainda esperava a confirmação da identidade do refém liberto.

Tanto Abe quanto o chanceler Taro Kono agradeceram o Qatar e a Turquia por sua cooperação na libertação. Um porta-voz do governo disse que não foi pago nenhum resgate pela soltura de Yasuda.

"Ele parece estar com boa saúde, mas nossa equipe examinará seu estado e o transportará ao Japão o mais cedo possível", disse Kono aos repórteres.

Os pais de Yasuda conversaram com repórteres em frente à sua casa nas proximidades de Tóquio.

"Acima de tudo quero vê-lo bem", disse seu pai, Hideaki Yasuda.

"Quando ele voltar, quero lhe dizer uma coisa, que será 'parabéns por aguentar firme lá'".

A mãe do jornalista, Sachiko Yasuda, conteve as lágrimas segurando um lenço branco.

"Eu não podia fazer nada além de rezar. Então tenho rezado todos os dias", contou.

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