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Jornalista e cinegrafista morrem em conflitos no Egito

Uma jornalista egípcia e um cinegrafista inglês foram mortos nos arredores dos acampamentos islamitas no Cairo durante ação policial

Policiais no Egito: outros repórteres e fotógrafos ficaram feridos nos conflitos (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

Policiais no Egito: outros repórteres e fotógrafos ficaram feridos nos conflitos (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 11h52.

Cairo - Uma jornalista egípcia morreu nesta quarta-feira e um veterano cinegrafista do canal de TV britânico "Sky News" morreram nesta quarta-feira ao serem feridos por tiros nos arredores dos acampamentos dos islamitas no Cairo, durante a violenta operação policial para esvaziar as praças.

Segundo o Sindicato de Jornalistas do Egito e o jornal "Gulf News", a jornalista Habiba Ahmed Abelaziz foi morta com um tiro na praça de Rabea al Adauiya, principal reduto dos seguidores do deposto presidente Mohammed Mursi.

Habiba, de 26 anos, trabalhava para a publicação "Xpress", pertencente ao grupo "Gulf News", mas não estava na praça a trabalho, de acordo com o veículo.

A Irmandade Muçulmana informou em comunicado que a jornalista é filha de Ahmed Abdelaziz, que foi conselheiro de Mursi durante seu mandato.

Por sua vez, o repórter britânico Deane, de 61 anos e que trabalhava há 15 anos na Sky News, integrava a equipe de jornalistas que cobre os atuais protestos no Cairo.

Em mensagem postada no Twitter, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, expressou sua "tristeza" ao saber do falecimento do cinegrafista Mick Deane "enquanto cobria a violência no Egito".

"Meus pensamentos estão com sua família e com a equipe da Sky News", acrescentou o chefe do Executivo.

Outros repórteres e fotógrafos ficaram feridos nos conflitos, mas o Sindicato de Jornalistas não forneceu mais detalhes.

As forças de segurança egípcias começaram nesta manhã uma operação para desmantelar os acampamentos das praças Rabea al Adauiya e Al Nahda - esta, já totalmente esvaziada.

A operação degenerou em uma escalada da violência em todo o país, com ataques contra delegacias e edifícios governamentais.

O número de vítimas ainda não é claro. A Irmandade Muçulmana denunciaram a morte de mais de 200 pessoas e milhares de feridos entre seus simpatizantes.

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