Protesto: o presidente venezuelano diz que um golpe de Estado contra ele está sendo planejado (Carlos Garcia Rawlins / Reuters)
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2016 às 16h18.
Caracas - Um jornalista e advogado proeminente da ilha venezuelana de Margarita foi acusado de lavagem de dinheiro nesta segunda-feira e irá permanecer atrás das grades, de acordo com sua família e um grupo de direitos humanos, depois de ter sido detido por divulgar um protesto contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Vídeos publicados por ativistas, supostamente da localidade de Villa Rosa, mostraram dezenas de pessoas realizando um panelaço e zombando do líder socialista no início da noite de sexta-feira.
Mais de 30 pessoas foram detidas brevemente, disseram os ativistas no sábado, em parte pelo que a oposição está classificando como uma grande repressão do governo diante dos clamores por um referendo revogatório contra Maduro.
O presidente venezuelano diz que um golpe de Estado contra ele está sendo planejado.
Todos os detidos em Margarita foram libertados depois de algumas horas, exceto Braulio Jatar, de 58 anos, que foi levado na manhã de sábado quando ia realizar seu programa de rádio matinal, segundo familiares.
Até a meia noite daquele dia eles não tinham sido informados de seu paradeiro, quando agentes de inteligência foram à residência da família e conduziram uma revista, permitindo-lhes enviar roupas ao detento, de acordo com sua irmã, Ana Julia Jatar, de 60 anos, que vive na cidade norte-americana de Boston.
Ela afirma ter recebido uma mensagem de voz de seu irmão pelo WhatsApp na noite anterior dizendo "a coisa vai ficar feia" e acrescentando que as prisões já haviam começado.