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Da Redação
Publicado em 14 de setembro de 2012 às 12h52.
Amã - Milhares de pessoas protestaram nesta sexta-feira nas imediações da embaixada dos Estados Unidos em Amã, assim como em outras cidades da Jordânia, contra a produção de um vídeo sobre o profeta Maomé.
Um grande número de islamitas ultraconservadores se concentrou depois da oração do meio-dia fora de uma mesquita próxima à embaixada americana e culpou Washington por não tomar ações contra os produtores do filme.
'Não é aceitável o que ocorreu porque não se trata de um caso individual, mas da continuação de sistemáticas ofensas contra os muçulmanos que duraram décadas', disse à Agência Efe o líder salafista (rigorista do islã) Saad Hunaiti durante a manifestação.
O movimento islamita Irmandade Muçulmana, principal grupo opositor jordaniano, também convocou uma manifestação que foi da Grande Mesquita de Hussein à praça de Najil.
O protesto tinha sido organizado a princípio para exigir reformas políticas e a libertação de ativistas detidos na semana passada, mas depois se transformou em um ato de condenação ao vídeo. Manifestações similares aconteceram nas cidades de Irbid, Karak e Tafileh.
O governo jordaniano enviou à empresa americana YouTube uma mensagem pedindo que retire do ar o filme chamado 'A inocência dos muçulmanos'.
'Ofender o profeta Maomé, o islã e as religiões representa uma violação da Constituição e das leis de todos os países do mundo, incluindo a Jordânia', afirmou hoje o ministro de Informação do país, Samih Maayta, no aviso ao YouTube.