A resolução "reafirma a convicção da comunidade internacional de que os assentamentos israelenses em território palestino são ilegais" (Menahem Kahana/AFP)
EFE
Publicado em 24 de dezembro de 2016 às 12h32.
Amã - O governo da Jordânia qualificou neste sábado de "decisão histórica" a resolução das Nações Unidas contra os "ilegais" assentamentos israelenses em território palestino.
A resolução "reafirma a convicção da comunidade internacional de que os assentamentos israelenses em território palestino são ilegais", afirmou o ministro jordaniano de Comunicação, Mohammed Mumani, em comunicado citado pela agência oficial "Petra".
A nota ressalta, além disso, que para o governo de Amã a solução de criar um Estado palestino independente é de "interesse supremo para a Jordânia".
Cerca de 60% da população jordaniana é de procedência palestina, muitos dos quais se deslocaram ao país vizinho após a criação do Estado de Israel em 1948.
Ao redor de um milhão de palestinos vive nos 12 campos de refugiados distribuídos por todo o território jordaniano sob a tutela da ONU.
A resolução da ONU, aprovada com 14 votos a favor, nenhum contra e uma abstenção, exige a cessação "imediata" e "completa" dos assentamentos judaicos em território ocupado e insiste que a solução ao conflito do Oriente Médio passa pela criação de um Estado Palestino que conviva junto a Israel.
Essa via, no entanto, está em perigo pela expansão das colônias, que está levando a uma "realidade de um Estado", afirma o texto, que considera os assentamentos "uma flagrante violação da lei internacional e um grande obstáculo para conseguir uma solução de dois Estados, assim como uma paz, justa, duradoura e completa".