Johnny Depp: "Não foi entendido como eu pretendia" (Dylan Martinez/Reuters)
EFE
Publicado em 23 de junho de 2017 às 16h57.
Los Angeles - O ator americano Johnny Depp pediu, em comunicado enviado à revista "People", por declarações realizadas durante o festival de música de Glastonbury, no Reino Unido, onde perguntou quando foi a última vez que um presidente dos Estados Unidos foi assassinado.
"Peço desculpas pela brincadeira de mal gosto que fiz na noite de ontem sobre o presidente Donald Trump", indicou o protagonista da saga "Piratas do Caribe".
"Não foi entendido como eu pretendia, foi um comentário sem maldade. Só queria divertir as pessoas, não ferir ninguém", completou.
Depp fez a polêmica brincadeira durante a apresentação do filme "O Libertino", estrelado por ele em 2004. Segundo a imprensa britânica, o ator disse: "Alguém pode trazer Trump aqui?", o que provocou histeria entre os presentes no evento anual realizado em Somerset.
"Quando foi a última vez que um ator assassinou um presidente? Quero esclarecer: não sou um ator. Atuo para viver. No entanto, passou um tempo e talvez seja o momento", continuou Depp.
Na sequência, ele mesmo reconheceu que suas declarações poderiam ser mal interpretadas. "Certamente isso vai sair na imprensa e será horrível. Se trata apenas de uma pergunta, não estou insinuando nada", afirmou.
As declarações do ator foram condenadas pela Casa Branca.
"O presidente Trump condena a violência em todas suas formas e é triste que outros, como Johnny Depp, não tenham seguido seu exemplo", afirmou a Casa Branca em comunicado divulgado hoje.
"Espero que alguns dos colegas de Depp condenem severamente esse tipo de retórica, como fariam se os comentários tivessem como alvo um democrata", completa a nota divulgada pelo governo.
Em outro comunicado, o Serviço Secreto, responsável pela segurança do presidente dos EUA, afirmou estar ciente das declarações de Depp.
"Por razões de segurança operacional, não comentamos especificamente ou em termos gerais os meios e métodos usados para protegê-lo", disse o órgão.
Em janeiro, a cantora Madonna disse, em Washington, que pensava em explodir a Casa Branca. Já o rapper Snopp Dogg também provocou polêmica ao divulgar um videoclip no qual aponta uma pistola de brinquedo para Trump, representado por um ator fantasiado de palhaço.
Mais recentemente, a humorista Kathy Griffin publicou uma foto na qual segura uma cabeça falsa de Trump, sugerindo uma decapitação do presidente.
O republicano respondeu dizendo que a também atriz deveria estar "envergonhada" de ter feito algo assim.