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Jogo dos EUA na Copa adianta Happy Hour de Nova York

Começo de jogo no encerramento de jornada de trabalho nos mercados de Nova York ajudou os trabalhadores da cidade

Torcedores dos EUA assistem à partida contra a Alemanha em um bar de Nova York (Andrew Burton/Getty Images)

Torcedores dos EUA assistem à partida contra a Alemanha em um bar de Nova York (Andrew Burton/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2014 às 17h17.

Nova York - O jogo entre os EUA e a Bélgica pela Copa do Mundo parece ter sido perfeitamente planejado segundo os horários do mercado.

O jogo de hoje está programado para começar às 16h (hora de Nova York), logo no encerramento das operações regulares em Nova York.

Comparado com o jogo entre os EUA e a Alemanha da semana passada, que começou uma da tarde, deveria haver menos conflitos no espaço de trabalho, e os botecos de Wall Street poderão começar o happy hour mais cedo.

“Não podia ser em um momento mais apropriado”, disse Philip Blancato, CEO da assessoria de investimentos Ladenburg Thalmann Funds/USA, que fica na Avenida Madison, no bairro Midtown de Manhattan.

“Há um grupo na empresa que vai sair para assistir ao jogo depois da jornada de trabalho”.

O jogo entre os EUA e a Alemanha, disputado em 26 de junho, apartou olhos das telas de operações e afastou alguns funcionários dos seus escritórios para assistirem à partida em monitores montados por empregadores como a JPMorgan Chase.

Cerca de 257 milhões de ações foram operadas nas bolsas americanas nos 30 minutos posteriores ao começo do jogo, cerca de 6 por cento a menos do que a média de 12 dias antes da Copa, segundo dados da Bloomberg.

O Midtown 1015, um bar na Segunda Avenida em Manhattan, dobrou seu pessoal para antecipar-se à multidão de pessoas que virá para assistir ao jogo, disse Laura Langella, uma barwoman.

Ela espera que mais de 500 farristas venham ao pub, que fica a uns poucos quarteirões da sede do Citigroup.

‘Ficando malucos’

Nos jogos anteriores, “houve pessoas fazendo filas até duas horas antes, vigiando mesas, reservando assentos”, disse Langela em uma entrevista. “Há muita energia.

Nos outros jogos, as pessoas chegam, ficam uma hora, batem palmas pelo seu time. Nos jogos dos EUA, todos sentem o mesmo. Eles estão ficando malucos”.

Entretanto, no centro, Croine O’Holloran, dono da Stone Street Tavern, está trabalhando com a Sixpoint Brewery em Brooklyn para criar especiais com growlers e baldes de cerveja durante o torneio.

“Precisamos estar muito preparados”, disse O’Halloran, cujo estabelecimento fica a uns dois quarteirões a sul de Wall Street e faz aproximadamente 70 por cento dos seus negócios com a galera das finanças durante a Copa. “Vai ter muito trabalho”.

Até agora, os jogos dos EUA vêm quebrando recordes de audiência na TV, incluindo uma média de 24,7 milhões de telespectadores para o empate em 2 a 2 com Portugal, que foi transmitido um domingo à noite.

O jogo contra a Alemanha teve uma média de 14 milhões de telespectadores.

Os EUA enfrentam a Bélgica em Salvador pelas oitavas da Copa. Uma derrota eliminará os EUA do torneio, ao passo que com uma vitória, a seleção americana avançaria para as quartas de final pela primeira vez desde 2002.

Chances dos EUA

A seleção americana tem uma chance de 26 por cento de derrotar a Bélgica e garantir uma vaga nas quartas de final, segundo projeções da Bloomberg Sports com base nos resultados da fase classificatória, nas habilidades para fazer gols e defender dos jogadores, em lesões, nas colocações e nos treinadores.

Fora do fuso horário da Costa Leste dos EUA, o jogo ainda choca mais diretamente contra a jornada de trabalho.

“Todos estarão nos seus escritórios fazendo seu trabalho quando o jogo começar – é assim”, disse Wendell Perkins, gerente de fundos especialista em ações internacionais da Manulife Asset Management em Chicago, cidade com uma hora a menos do que Nova York.

“As pessoas estão acompanhando a Copa, mas ninguém aqui quis tirar uma folga ou trazer uma TV até agora”.

Para Blancato da Ladenburg Thalmann, a Copa do Mundo tem sido ainda mais emocionante porque a seleção dos EUA “tem uma chance real de avançar no torneio”.

“Isso cria euforia no trabalho”, disse Blancato. “Quando foi a última vez que nos sentimos assim?”

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