O jogador do Arsenal foi criticado pela imprensa do Azerbaijão (Harriet Lander/Getty Images)
EFE
Publicado em 22 de maio de 2019 às 10h57.
Última atualização em 22 de maio de 2019 às 11h33.
Baku — A imprensa do Azerbaijão criticou nesta quarta-feira (22), de maneira quase geral, a decisão do meia-atacante armeno Henrikh Mkhitaryan, do Arsenal, de não disputar a final da Liga Europa, contra o Chelsea, no dia 29.
"Preferiu ser refém dos próprios medos. O mais importante é que confundiu o campo de futebol com o mundo político", diz o site "Zerkalo".
A decisão foi motivada pelos problemas nas relações diplomáticas entre Armênia e Azerbaijão, que fizeram parte da União Soviética e já entraram em guerra pela região de Nagorno-Karabakh, localizada no território azeri, mas com maioria de população armena.
"O jogo terminou de uma maneira previsível. Henrikh marcou um gol contra", completa o "Zerkalo".
O site "Haqqin", por sua vez, acusou o Arsenal de praticar o "jogo sujo" e de tornar a situação mais conturbada, com direito a desinformar a imprensa mundial sobre supostos problemas de segurança em Baku.
"Depois de anunciarem a decisão, o clube de Londres ainda tenta jogar no Azerbaijão e na Uefa toda a culpa pela medida tomada por Mkhitaryan", aponta o veículo.
De acordo com o site, o meia-atacante dos 'Gunners' não tinha qualquer intenção de viajar para o Azerbaijão, mas optou por transformar o assunto em um problema internacional.
"Certamente, essa história será aproveitada como justificativa, se o Arsenal perder para o Chelsea", publicou o "Haqqin".
Recentemente, o governo do Azerbaijão se manifestou, garantindo que não haveria nenhum impedimento para a entrada do meia-atacante no país, apesar dos problemas diplomáticos com a Armênia.
"Exploramos todas as opções possíveis para que Micki fizesse parte do time, mas depois de consultar ele e a família, chegamos a conclusão de que não deveria fazer parte da viagem", afirma comunicado divulgado ontem pelo Arsenal.
Mkhitaryan já se recusou a viajar para o Azerbaijão, em 2015, quando defendia o Borussia Dortmund, que enfrentaria o Qabala, pela fase de grupos da Liga Europa.