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Joe Biden simplifica regularização de ao menos 500 mil migrantes

Anúncio do presidente sobre tema que divide opniões no país acontece após Daca completar 12 anos

Joe Biden: presidente dos EUA buscará reeleição e poderá enfrentar Trump novamente (Kiyoshi Ota - Pool/Getty Images)

Joe Biden: presidente dos EUA buscará reeleição e poderá enfrentar Trump novamente (Kiyoshi Ota - Pool/Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 18 de junho de 2024 às 09h32.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anuncia nesta terça-feira, 18, reformas para simplificar a obtenção de residência ou de autorização de trabalho para cerca de 500 mil migrantes, além de outros 50 mil "enteados" como cônjuges de americanos e formados em universidades locais, incluindo os "dreamers" (sonhadores), aqueles que entraram no país ainda crianças.

Com esta mudança, os migrantes sem autorização de residência casados com americanos, além de seus filhos, poderão obtê-la sem precisar sair do país para solicitá-la.

Estas mudanças beneficiarão aqueles que vivem "no país há pelo menos 10 anos e estão casados com um cidadão americano desde antes de 17 de junho de 2024", informa a Casa Branca.

As autoridades analisarão todos os pedidos caso a caso. Os aprovados terão três anos para solicitar a residência permanente, período durante o qual poderão permanecer nos Estados Unidos e se qualificar para uma autorização de trabalho de até três anos.

Uma vez obtida a residência permanente, também conhecida como green card, o beneficiário pode solicitar a cidadania.

"O que estamos anunciando são processos potencialmente simplificados" para "minimizar a burocracia, minimizar as dificuldades criadas pela necessidade de sair do país", explicou um funcionário que pediu anonimato aos jornalistas antes do anúncio.

A reforma de Biden também facilitará aos graduados dos centros de ensino superior americanos a obtenção de vistos de trabalho, desde que "tenham recebido uma oferta de emprego altamente qualificada".

Migração, questão crítica

O anúncio do democrata acontece dias após o 'Daca' completar 12 anos. Este programa foi impulsionado pelo governo de Barack Obama quando Biden era seu vice-presidente e protege seus beneficiários, os "dreamers", da deportação e permite que trabalhem.

Desde o lançamento do 'Daca', os Serviços de Cidadania e Imigração já aprovaram mais de 800 mil solicitações e têm cerca de 580 mil beneficiários, segundo dados oficiais.

A migração é um dos temas que mais preocupam os americanos antes das eleições de novembro, nas quais Biden tentará a reeleição contra o ex-presidente republicano Donald Trump, que durante o seu mandato quis acabar com o 'Daca', alegando que era inconstitucional.

Os republicanos acusam o presidente de não fazer o suficiente para controlar a imigração e uma parte do eleitorado pede que endureça a política do setor, mas a ala esquerda de seu partido e os defensores dos migrantes protestam cada vez que ele adota alguma medida mais severa.

Biden assinou este mês um decreto que restringe a entrada de migrantes através da fronteira com o México, que registrava uma média de mais de 2.500 travessias irregulares a cada sete dias.

 

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