Jimmy Carter se transformará nesta sexta-feira no ex-presidente mais longevo da história dos Estados Unidos, com 94 anos e 172 dias (Scott Cunningham/Getty Images)
EFE
Publicado em 22 de março de 2019 às 13h17.
Washington - Jimmy Carter se transformará nesta sexta-feira no ex-presidente mais longevo da história dos Estados Unidos, com 94 anos e 172 dias, um a mais que os que tinha George H. W. Bush quando morreu em novembro do ano passado.
Carter, que governou os Estados Unidos entre 1977 e 1981 e conquistou o Prêmio Nobel da Paz em 2002, se mantém notavelmente ativo e em outubro deve participar de um projeto de construção de casas para pessoas de poucos recursos com a organização Habitat for Humanity em Nashville, no Tennessee.
"Esperamos que (Carter) siga adiante, e estamos agradecidos pela sua longa vida de serviço, que beneficiou a milhões das pessoas mais pobres do mundo", disse nesta quinta-feira o Centro Carter em comunicado.
Essa organização, criada por Carter em 1982 junto com sua esposa Rosalynn, lembrou assim o iminente marco do ex-presidente, que se soma ao recorde que já ostentava como o ex-governante americano que viveu mais tempo depois de deixar o cargo, com mais de 38 anos desde sua saída da Casa Branca.
Depois de Carter e Bush pai (1989-1993), os ex-presidentes mais longevos da história americana foram Gerald Ford (1974-1977) e Ronald Reagan (1981-1989), ambos falecidos com 93 anos, seguidos de John Adams (1797-1801) e Herbert Hoover (1929-1933), que tinham 90 no momento da sua morte.
O mandato presidencial de Carter durou apenas quatro anos, devido principalmente ao impacto da crise dos reféns americanos no Irã de 1979, e, embora os mais conservadores sigam criticando sua gestão, o líder democrata seguiu influenciando a vida política do país de uma perspectiva progressista.
No Centro Carter, o ex-presidente impulsionou avanços em matéria de observação de eleições, direitos humanos e saúde pública no mundo todo, e escreveu dezenas livros desde que deixou a Casa Branca, além de dar catequese toda semana em uma igreja batista na sua cidade natal de Plains, na Geórgia.
Em 2017, Carter gerou polêmica entre os democratas ao opinar que "os meios de comunicação foram mais duros com (Donald) Trump que com qualquer outro presidente", embora também tenha ressaltado que o atual governante estava "exacerbando" as tensões raciais no país.
A aparente saúde de ferro de Carter fraquejou em 2015, quando anunciou que tinha quatro tumores no cérebro, mas, depois de seis meses de radioterapia e remédios experimentais, garantiu que tinha concluído com sucesso seu tratamento contra o câncer.