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Jihadistas vendem mulheres jovens no mercado de escravos

Segundo enviada da ONU, o Estado Islâmico está vendendo jovens mulheres no mercado de escravos, algumas pelo preço de cigarros


	Estado Islâmico: "sequestram as mulheres quando conquistam as áreas (...), meninas jovens, algumas vendidas por tão pouco quanto o preço de um pacote de cigarros", diz a ONU
 (AFP)

Estado Islâmico: "sequestram as mulheres quando conquistam as áreas (...), meninas jovens, algumas vendidas por tão pouco quanto o preço de um pacote de cigarros", diz a ONU (AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2015 às 20h40.

O grupo Estado Islâmico está vendendo jovens mulheres no mercado de escravos, algumas "pelo preço de um pacote de cigarros", denunciou nesta segunda-feira a enviada da ONU ao Iraque e Síria contra a violência sexual, Zainab Bangura.

A enviada, que esteve nos dois países em abril passado, desenvolve uma ação para combater a violência sexual exercida pelos jihadistas do Estado Islâmico.

"É uma batalha sobre os corpos destas mulheres", disse Bangura em diálogo com a AFP.

Bangura conversou com mulheres e adolescentes que conseguiram escapar de seu cativeiro em zonas controladas pelo EI, e se reuniu com autoridades religiosas e políticas locais.

A enviada da ONU visitou ainda refugiados na Turquia, Líbano e Jordânia.

Os jihadistas seguem alimentando os mercados de escravos com jovens sequestradas durante as últimas ofensivas, mas o número de mulheres reféns é ignorado.

"Sequestram as mulheres quando conquistam as áreas (...), meninas jovens, algumas vendidas por tão pouco quanto o preço de um pacote de cigarros".

"Entre estas jovens sequestradas, mais de 100 foram banhadas e colocadas nuas em um quarto" antes de serem exibidas para um grupo de homens, contou Bangura.

O sequestro de mulheres jovens está se tornando uma parte essencial da estratégia do EI para recrutar jovens combatentes, base da força militar do grupo.

"Atraem os jovens jihadistas dizendo: 'temos mulheres jovens esperando vocês, virgens com as quais poderão casar'", revela Bangura.

Um relatório recente da ONU assinala que cerca de 25 mil combatentes estrangeiros, de mais de 100 países, estão envolvidos em conflitos em todo o mundo, a maioria no Iraque e na Síria.

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