Peter Kassig, refém americano que foi decapitado pelo Estado Islâmico, na Síria (Kassig Family/Handout via Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2014 às 15h30.
Paris - O jihadista francês Michael dos Santos negou nesta quinta-feira através de sua suposta conta no Twitter ter aparecido no vídeo da execução de 18 prisioneiros sírios e o voluntário americano Peter Kassig divulgado no domingo passado.
"Anuncio claramente que não era eu quem aparecia no vídeo", dizia o tweet, apesar de ele se reconhecer membro da organização Estado Islâmico (EI).
O francês de origem portuguesa acrescentou que seus companheiros do grupo estão "morrendo de rir" da notícia, que atribuiu à "necessidade dos serviços de inteligência e dos meios de comunicação de mentir para fazer barulho".
Ele afirmou que sua própria família avisou às forças de segurança francesas de que não é ele quem aparece no vídeo. Atualmente, a conta @Abou_Uthman_5, de onde as mensagens foram postadas, está suspensa.
A Justiça francesa divulgou ontem um comunicado no qual considerou que existem "indícios precisos e claros" de que Santos faz parte dos carrascos, da mesma forma que o também francês Maxime Hauchard, de 22 anos e natural da cidade de Rouen, no noroeste da França.
"Este jovem convertido, fichado pelos serviços especializados e pelas autoridades judiciais antiterroristas", era procurado pela França desde outubro de 2013, depois de ter viajado para a Síria em agosto do mesmo ano, acrescentou o Ministério Público.
A órgão abriu uma investigação por assassinato organizado com fins terroristas e associação de criminosos ao suspeitar que existissem cidadãos franceses entre os executores que apareciam no vídeo divulgado pelo EI.