Gaza: braços armados da Jihad Islâmica e do Hamas assumiram a responsabilidade pelos ataques realizados hoje a Israel (Suhaib Salem/Reuters)
EFE
Publicado em 29 de maio de 2018 às 18h49.
Gaza - A Jihad Islâmica anunciou nesta terça-feira a volta do cessar-fogo estipulado em 2014 entre Israel e as milícias que atuam em após o dia mais violento desde então na região.
O porta-voz da Jihad Islâmica, Dawood Shihab, disse aos jornalistas que a trégua foi restabelecida após contatos com mediadores do Egito e deve entrar em vigor a partir da meia-noite.
"Estamos comprometidos com esta trégua enquanto Israel estiver", disse Shihab.
A trégua foi retomada depois da violência registrada hoje em Gaza. Milícias palestinas lançaram mais de 70 projéteis e foguetes contra o território de Israel, que respondeu com 35 bombardeios.
O líder da Frente Popular para a Libertação da Palestina (PFLP) em Gaza, Jamil Mizhar, também confirmou o acordo para a trégua.
Após o anúncio, o Exército de Israel informou em comunicado que segue operando em Gaza e alertou que as explosões ouvidas na região estão relacionadas com essa atividade, sem dar mais detalhes.
Por volta das 22h30 locais, as sirenes antiaéreas continuavam ligadas em comunidades próximas à Faixa de Gaza, o que indica a possibilidade de lançamento de projéteis pelos palestinos.
Pouco antes do anúncio, os braços armados da Jihad Islâmica e do Hamas assumiram a responsabilidade pelos ataques realizados hoje e afirmaram que eles são uma resposta contra as "agressões sionistas".
"Golpe por golpe e sangue por sangue. Não deixaremos que o inimigo imponha uma nova equação", disseram os dois movimentos.