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Jerusalém aprova projeto para construção de bairro árabe

A Prefeitura de Jerusalém aprovou um projeto para a construção de um bairro árabe em Jerusalém Oriental, após anos de forte resistência


	Jerusalém Oriental: projeto havia sido apresentado à Prefeitura há mais de 5 anos
 (Ahmad Gharabli/AFP/AFP)

Jerusalém Oriental: projeto havia sido apresentado à Prefeitura há mais de 5 anos (Ahmad Gharabli/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 10h05.

Jerusalém - A Prefeitura de Jerusalém aprovou um projeto para a construção de um bairro árabe em Jerusalém Oriental, após anos de forte resistência por parte dos setores ultranacionalistas, que pretendem aumentar a presença judaica no mesmo local em que os palestinos reivindicam como capital.

A Comissão de Planejamento e Construção Local do consistório decidiu iniciar o projeto ontem, enquanto o primeiro passo para a construção do bairro Arav al Swahara é a criação de 2.500 casas distribuídas entre 150 hectares de terreno, afirmou nesta quinta-feira à Agência Efe Pepe Alalo, vereador do partido pacifista Meretz em Jerusalém.

O projeto havia sido apresentado à Prefeitura há mais de cinco anos, embora acabasse barrado por membros de direita, que também costumavam impedir a análise inicial da construção.

Já os cidadãos palestinos abriram requerimento à Suprema Corte israelense com o objetivo de que o projeto fosse analisado.

Após o pedido da população, o prefeito se viu obrigado a estudar o projeto e acabou submetendo-o a votação.

Alalo lamentou que, mesmo com esse "sinal verde" para a construção do bairro, "os setores direitistas tentarão se encarregar de diminuir o número de casas e de atrasar o início das obras".

No entanto, segundo a fonte, essa medida supõe um "passo positivo" e explicou que o plano geral é criar o bairro próximo à aldeia palestina de Tzur Baher e ao bairro judaico de Talpiot, ambos em território israelense.

O prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, elogiou a decisão e disse que "o planejamento do bairro em Jerusalém Oriental feito pela prefeitura é uma clara representação da soberania de Israel sobre todas as outras cidades e reforça a unidade de Jerusalém".

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