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Javier Milei toma posse como presidente da Argentina; acompanhe ao vivo

Cerimônia conta com a presença de Jair Bolsonaro, Zelensky, entre outros líderes mundiais

Argentina: Javier Milei toma posse como presidente neste domingo, 10.  (ALEJANDRO PAGNI/AFP/Getty Images)

Argentina: Javier Milei toma posse como presidente neste domingo, 10. (ALEJANDRO PAGNI/AFP/Getty Images)

Publicado em 10 de dezembro de 2023 às 11h21.

Última atualização em 10 de dezembro de 2023 às 14h52.

De acordo com o artigo 93 da Constituição Nacional, “ao tomar posse, o presidente e o vice-presidente prestarão juramento, nas mãos do presidente do Senado e perante o Congresso reunido na Assembleia, respeitadas suas crenças religiosas, de: atuar com lealdade e patriotismo o cargo de presidente (ou vice-presidente) da Nação Argentina”.

Quem presidiu a posse no parlamento foi a atual vice, Cristina Kirchner, que também é vice-presidente do Senado.

O artigo 141 do documento também determina que “no pórtico da Casa do Governo (esplanada da Rua Rivadavia), o presidente será recebido pelo chefe da Casa Militar, pelo diretor de cerimônias e por um ajudante de campo do presidente cessante , que o cumprimentará.” Eles o acompanharão até a Sala Branca (palco que ficará em frente ao Busto da República).”

Em seguida, o presidente Alberto Fernandez vai entregar a Milei as insígnias presidenciais (bastão de comando e faixa presidencial) que são colocadas sobre a mesa do chefe do Estado.

Fernández deixa a Sala Branca junto de seus ex-ministros e encerra sua participação na cerimônia. Ele será acompanhado ao pórtico pelo novo chefe da Casa Militar, pelo diretor cerimonial e por um ajudante de campo do presidente.

No período da tarde, Milei presta juramento aos novos ministros de seu gabinete. O novo presidente não vai discursar na Casa Legislativa, mas sim nas escadarias do prédio para o grupo de seguidores que vai acompanhar a posse do lado de fora. A última etapa formal da cerimônia inclui a ida de Milei até a Casa Rosada em um automóvel conversível pela Avenida de Mayo, segundo a agência de notícias Télam.

Posse de Milei ao vivo

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Cristina Kirchner vaiada

A vice-presidente Cristina Kirchner foi vaiada ao chegar à sede do Congresso da Argentina neste domingo, onde está sendo realizada a cerimônia de posse do novo presidente da República, o ultraliberal Javier Milei, eleito com 55,7% dos votos no segundo turno, em 19 de novembro. Vestida de vermelho, cor que remete à esquerda política na América Latina, ela respondeu com um gesto obsceno, mostrando o dedo do meio para os apoiadores do líder do A Liberdade Avança.

Jair Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro já está no local da cerimônia, acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Outros deputados e senadores ligados à direita brasileira também vão marcar presença na posse de Milei. 

Volodymir Zelensky

A cerimônia também conta com a presença do presidente ucraniano Volodymir Zelensky, em sua primeira visita à América do Sul desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. Antes, Zelensky fez uma rápida parada no Brasil por questões técnicas, mas não encontrou Lula.

Quem é Javier Milei

Milei se define como "anarcocapitalista": defende que o capitalismo funcione sem regulação do Estado. Ele defende mudanças radicais na Argentina, como adotar o dólar como moeda oficial, acabar com o Banco Central e "passar a motoserra" no Estado, para cortar gastos. Também já falou em reforma tributária para reduzir impostos, facilitar o porte de armas e permitir a compra e venda de órgãos humanos.

O discurso forte tem atraído argentinos cansados de um sistema político que não consegue resolver a crise econômica do país. Na última década, a oposição de centro-direita e governos de inspiração peronista se alternaram no poder, mas nenhum conseguiu conter a inflação, que supera 100% ao ano, e a disparada do dólar. Os dois fenômenos reduzem o poder de compra e aumentam a pobreza, que atinge 40% dos argentinos.

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