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Jaua diz que Chávez tem direito de se recuperar

Nós não podemos cair na chantagem da direita e sua crueldade, sua falta de humanidade", afirmou o ministro das Relações Exteriores da Venezuela


	Simpatizantes de Chávez: Chávez está há uma semana em Caracas, para onde voltou após ser operado em 11 de dezembro em Havana pela quarta vez em 18 meses.
 (AFP/ Leo Ramirez)

Simpatizantes de Chávez: Chávez está há uma semana em Caracas, para onde voltou após ser operado em 11 de dezembro em Havana pela quarta vez em 18 meses. (AFP/ Leo Ramirez)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2013 às 15h48.

Caracas - O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Elías Jaua, acusou nesta terça-feira a oposição de chantagem e de crueldade por sua reivindicação de que o presidente, Hugo Chávez, apareça e juramente o cargo, e ressaltou que o governante tem o direito de se recuperar.

"Acho que é importante reiterar que o presidente tem o direito de tirar um tempo para se recuperar. Nós não podemos cair na chantagem da direita e sua crueldade, sua falta de humanidade", afirmou Jaua ao canal interestatal "Telesur", com sede em Caracas.

O chanceler acusou a "direita" de "estar fazendo uma pressão para que o presidente apareça, que o presidente discurse, que o presidente assuma já".

"É porque não querem ver o presidente recuperado; nós que queremos (...) temos a paciência para esperá-lo, para compreendê-lo e para acompanhá-lo na batalha pela vida que está travando", acrescentou.

A oposição tem insistido nos últimos dias que se informe sobre a situação de saúde do presidente, e afirmou que se, como diz o governo, Chávez está em domínio de suas funções, tome posse.

Chávez está há uma semana em Caracas, para onde voltou após ser operado em 11 de dezembro em Havana pela quarta vez em 18 meses de um câncer cuja natureza não foi informada.

De acordo com a última informação fornecida pelo governo, o líder venezuelano apresenta uma evolução "não propícia" da insuficiência respiratória gerada após uma infecção pulmonar no pós-operatório.

Como consequência dessa insuficiência Chávez respira por uma traqueostomia que dificulta sua fala.

Chávez ainda não tomou posse, o que segundo a Constituição deveria ter sido feito no dia 10 de janeiro, mas a Suprema Corte o eximiu em uma decisão em que estabeleceu que o presidente poderia assumir quando se recuperasse. 

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