O protesto está previsto para começar às 10h do dia 7 de setembro. O local escolhido é o Museu Nacional, próximo à Esplanada dos Ministérios (Valter Campanato/ABr)
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2011 às 21h09.
Brasília – A deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), que se livrou do processo de cassação na última terça-feira (30), na Câmara dos Deputados, terá 15 dias para se explicar em um inquérito a que responde no Supremo Tribunal Federal (STF). A determinação é do relator do caso, ministro Joaquim Barbosa.
A denúncia foi oferecida pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, na última sexta-feira (26), em inquérito aberto em março. Gurgel pede que o Supremo abra ação penal para que Jaqueline Roriz responda pelo crime de peculato (uso de cargo para obtenção de vantagens), que é punido com até 12 anos de prisão.
O fato denunciado pelo Ministério Público foi o mesmo que levou a filha do ex-governador do Distrito Federal (DF) Joaquim Roriz a responder a processo no Conselho de Ética da Câmara: recebimento de dinheiro do delator do mensalão do DF Durval Barbosa, quando ela era candidata a deputada distrital em 2006.
Na denúncia, Gurgel acusa Jaqueline de receber R$ 100 mil por ordem do então candidato a governador do DF José Roberto Arruda como retribuição por favores políticos. “Jaqueline Roriz foi beneficiada com dinheiro ilícito, arrecadado de prestadores de serviço do Distrito Federal, em troca do apoio político”, diz trecho da denúncia.
Segundo o procurador, Jaqueline foi beneficiada com celulares do governo do Distrito Federal “cujas contas continuaram a ser pagas com recursos públicos” e ainda tinha o poder de indicar um nome para o cargo de administrador regional da cidade-satélite de Samambaia.