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Japão prepara reativação de reatores após blecaute nuclear

A reabertura dos reatores de Oi representará a primeira desde que foram suspensas as atividades dos 54 reatores do país após o início da crise nuclear em Fukushima

Ministro das Finanças japonês, Yoshihiko Noda: "pelo bem da prosperidade da economia japonesa e da sociedade, a geração de energia nuclear continua sendo importante" (Yuriko Nakao/Reuters)

Ministro das Finanças japonês, Yoshihiko Noda: "pelo bem da prosperidade da economia japonesa e da sociedade, a geração de energia nuclear continua sendo importante" (Yuriko Nakao/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2012 às 08h32.

Tóquio - O Japão planeja reativar os primeiros reatores nucleares do país na próxima semana, após ter interrompido as atividades em todas as suas centrais atômicas em maio, na esteira da crise de Fukushima, informou nesta quinta-feira o diário 'Nikkei'.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, irá autorizar a reativação dos reatores 3 e 4 da usina de Oi, na província de Fukui, após ter recebido o apoio da associação de Governos da região.

'Pelo bem da prosperidade da economia japonesa e da sociedade, a geração de energia nuclear continua sendo importante', disse Noda.

Ainda pendente de um anúncio oficial por parte de Noda, a reabertura dos reatores de Oi representará a primeira desde que, por revisão ou manutenção, foram suspensas as atividades dos 54 reatores do país após o início da crise nuclear em Fukushima, em março de 2011.

Desde que o Japão se viu em um blecaute nuclear, em 5 de maio, fato ocorrido pela primeira vez em 42 anos, o Governo exerceu pressão para reativar os reatores de Oi, para o que superou a firme oposição dos Governos locais e diante do temor de não poder garantir a demanda elétrica no verão.

O primeiro-ministro quer anunciar a reabertura da central de Oi na semana que vem, para que, após um processo de reativação que dura entre quatro e seis semanas, a região de Kansai possa contar novamente com o fornecimento de energia nuclear até meados de julho, quando a demanda elétrica deverá chegar a seu máximo.

O blecaute nuclear forçou as operadoras elétricas japonesas a potencializarem o uso das usinas térmicas, o que aumenta as importações de petróleo e de gás liquefeito, afetando consideravelmente a balança comercial japonesa. 

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