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Japão prepara pacote que promete criar 700 mil empregos nos EUA

Projeto será apresentado ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a visita do premiê japonês Shinzo Abe ao país

Japão irá investir nos EUA o equivalente a 150 bilhões de dólares em fundos públicos e privados ao longo de 10 anos (Kazuhiro Nogi/AFP)

Japão irá investir nos EUA o equivalente a 150 bilhões de dólares em fundos públicos e privados ao longo de 10 anos (Kazuhiro Nogi/AFP)

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Reuters

Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 08h52.

Tóquio - O Japão está preparando um pacote que diz poder gerar 700 mil empregos nos Estados Unidos e ajudar a criar um mercado de 450 bilhões de dólares para apresentar ao presidente norte-americano, Donald Trump, na semana que vem, disseram fontes do governo japonês a par dos planos.

O pacote de cinco partes, que será revelado quando o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, visitar Trump em 10 de fevereiro em Washington, prevê investimentos em projetos de infraestrutura, como trens de alta velocidade, e cibersegurança, relataram as fontes, que não quiseram se identificar por não terem autorização para falar com a mídia.

O investimento em projetos de infraestrutura no exterior se harmoniza com um princípio essencial da estratégia de crescimento de Abe, que é exportar tecnologia de infraestrutura de "alta qualidade".

O Japão irá investir o equivalente a 150 bilhões de dólares em fundos públicos e privados ao longo de 10 anos, segundo as fontes. Isso incluirá uma ajuda no desenvolvimento de ferrovias de alta velocidade no nordeste dos EUA e nos Estados de Texas e Califórnia e a renovação de vagões de metrô e trens.

O pacote ainda inclui a cooperação no investimento em infraestrutura global, o desenvolvimento conjunto de robôs e inteligência artificial e a cooperação na cibersegurança e na exploração espacial, entre outros.

Tóquio pode utilizar suas reservas de moeda estrangeira para custear parte do pacote, disseram as fontes, e também obter financiamento de grandes bancos e instituições financeiras filiadas ao governo, além do Fundo de Investimento em Pensões do Governo, noticiou o jornal Asahi, entre outros.

Mas o presidente do Fundo, Norihiro Takahashi, disse na quinta-feira que não há verdade nas reportagens segundo as quais a entidade irá investir como parte do pacote governamental, acrescentando que o Fundo tomou suas decisões de investimento para beneficiar os donos de apólices.

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