Lee Myung-bak, presidente da Coreia do Sul (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2012 às 18h35.
Tóquio - O Japão anunciou neste sábado que levará uma disputa territorial e crise política com a Coreia do Sul à Corte Internacional de Justiça, depois que o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, fez uma visita-surpresa às ilhas em litígio esta semana.
As ilhas, conhecidas como Takeshima no Japão e Dokdo na Coreia do Sul, ficam equidistantes da porção continental dos dois países, mas se acredita que contenham depósitos congelados de gás natural, com valor potencial de bilhões de dólares.
Na sexta-feira, Lee se tornou o primeiro líder sul-coreano a viajar até as ilhas, que vêm sendo um persistente ponto nevrálgico nas relações entre os dois países.
"O Japão decidiu agir pacificamente para resolver a questão, levando-a à Corte Internacional de Justiça", disse o porta-voz da chancelaria japonesa, Koichiro Gemba, em comunicado por e-mail neste sábado.
"Ao ver a República da Coreia adotar tal ação inaceitável, nós acreditamos que deixar para o mundo o caso do Japão em relação a Takeshima, através da Corte, é mais importante, levando em consideração as relações como um todo entre o Japão e a República da Coreia." O momento e o conteúdo da ação terão de ser definidos, mas uma ação será adotada em um futuro "não muito distante", disse ele.
O Japão chamou seu embaixador na Coreia do sul na sexta-feira, depois da visita de Lee às ilhas.
Autoridades sul-coreanas disseram que o objetivo da visita era destacar a importância das ilhas como reserva natural, e não causar problemas.