A Usina de Fukushima, onde as autoridades usam água do mar para tentar impedir um acidente (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2011 às 14h08.
Viena - O Japão informou nesta segunda-feira à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que começou a injetar água do mar no reator 2 da usina nuclear de Fukushima Daiichi para evitar um superaquecimento do núcleo, após as falhas no sistema de refrigeração decorrentes do terremoto de sexta-feira.
"As autoridades japonesas informaram à AIEA que o reator 2 de Fukushima Daiichi teve queda dos níveis do líquido refrigerador no núcleo do reator. As autoridades começaram a injetar água do mar no reator para manter a refrigeração", explicou a organização em comunicado divulgado em Viena.
Os sistemas de refrigeração de três reatores de Fukushima Daiichi estão danificados e duas explosões ocorreram nos reatores 1 e 3, mas a blindagem de contenção conseguiu evitar que escapasse radiação.
Por enquanto, as autoridades japonesas estão injetando água do mar a jato nos reatores para esfriar o material radioativo.
"As injeções de água marinha nas unidades 1 e 3 foram interrompidas ontem, devido ao baixo nível em um depósito de abastecimento, mas foram retomadas em nas duas unidades", indicou a AIEA.
Segundo a Agência da ONU, a usina nuclear foi danificada pelo devastador terremoto e posterior tsunami de sexta-feira passada no litoral oriental do Japão e, para evitar riscos perante a possível fuga de material radioativo, as autoridades evacuaram 183 mil pessoas.
Além disso, as autoridades japonesas distribuíram 230 mil unidades de iodo aos centros de evacuação, mas o material ainda não foi entregue, de acordo com a AIEA.