Soldados lutando na Batalha de Okinawa, na Segunda Guerra Mundial, em maio de 1945: 200 mil pessoas morreram no enfrentamento com os EUA (Divulgação/Wikicommons)
Da Redação
Publicado em 23 de junho de 2015 às 08h09.
Tóquio - O Japão guardou nesta terça-feira um minuto de silêncio e realizou uma cerimônia solene para lembrar o fim da batalha de Okinawa, que completa 70 anos, o último grande enfrentamento da Segunda Guerra Mundial, no qual morreram mais de 200 mil pessoas.
Milhares se reuniram para participar da cerimônia desde as primeiras horas do dia no Parque Memorial da Paz, na cidade de Itoman, no extremo sul da ilha principal do arquipélago de Okinawa, que fica ao sul das grandes ilhas japonesas, onde aconteceram os últimos combates.
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e a embaixadora dos EUA no Japão, Caroline Kennedy, participaram dos eventos em homenagem às vítimas do confronto.
A batalha de Okinawa, que começou em abril de 1945, foi a única invasão terrestre dos EUA ao território japonês durante a Segunda Guerra Mundial, e aconteceu poucos meses antes da rendição total do país asiático e do lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki.
O sangrento enfrentamento durou três meses e custou a vida de um em cada quatro cidadãos de Okinawa, aproximadamente 94 mil no total.
O governador da prefeitura de Okinawa, Takeshi Onaga, também participou da cerimônia. Está previsto que Onaga peça hoje ao governo japonês que suspenda a polêmica mudança de uma base militar americana dentro da ilha.
As autoridades de Okinawa costumam aproveitar o aniversário para enfatizar "o peso" que este pequeno arquipélago ainda suporta, já que ali estão 75% das instalações militares americanas que existem no Japão.
As bases militares, que ocupam um quinto da superfície da ilha principal, foram construídas sobre terrenos desapropriados durante o período de ocupação americana, que durou até 1972, duas décadas a mais que no restante do país asiático.