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Japão está preocupado com consequências das sanções ao Irã

O premiê japonês destacou que, apesar de compartilhar com os EUA as preocupações sobre o Irã, as sanções devem ser implementadas corretamente

Nesta quinta-feira, Geithner concluiu em Tóquio uma viagem pelo continente asiático, incluindo China e Japão, na qual pediu apoio as sanções americanas (AFP/Getty Images)

Nesta quinta-feira, Geithner concluiu em Tóquio uma viagem pelo continente asiático, incluindo China e Japão, na qual pediu apoio as sanções americanas (AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 10h29.

Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, demonstrou nesta quinta-feira preocupação depois de se reunir em Tóquio com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, com relação as 'graves consequências' que podem ter as sanções contra o Irã.

Noda destacou que, apesar de compartilhar com os EUA as preocupações sobre o Irã, as sanções se não implementadas corretamente 'vão gerar graves efeitos as economias do Japão e do mundo'. Com mais essa rodada de sanções, os americanos querem pressionar o Irã a abandonar o seu programa de desenvolvimento nuclear.

Nesta quinta-feira, Geithner concluiu em Tóquio uma viagem pelo continente asiático, incluindo China e Japão, na qual pediu apoio as sanções americanas, que consistem na redução das vendas de petróleo de Teerã e no isolamento internacional de seu Banco Central.

Após o encontro com o ministro de Finanças japonês, Jun Azumi, Geithner conseguiu o apoio do Japão, que cortará 'o mais rápido possível e gradualmente' as importações de petróleo procedentes da República Islâmica, e que constituem 10% do petróleo adquirido no exterior.

Azumi declarou que o Japão tem 'absoluto conhecimento' das medidas americanas e fará um esforço para reduzir as importações do Irã, embora tenha deixado claro que, nos últimos cinco anos, o país já reduziu em 40%, informou a agência local 'Kyodo'.

Apesar da confirmação do respaldo, Azumi mostrou sua preocupação pelas consequências das medidas para o Japão, um país com grande dependência energética externa, ressaltou após o início da crise nuclear em 11 de março na central de Fukushima Daiichi.

O acidente nuclear levou a suspensão do funcionamento de 46 dos 54 reatores nucleares do Japão, o que corresponde a 85%, obrigando o país a gerar grande parte da eletricidade em suas centrais térmicas alimentados pelo petróleo.

Japão aprovou em dezembro sanções que mantêm congelados os ativos de 267 instituições, 20 bancos e 66 pessoas físicas, suspeitas de terem laços com os programas de desenvolvimento nuclear do Irã, embora não impôs nenhuma restrição a aquisição de petróleo iraniano. 

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