Mundo

Japão elege "Norte" como símbolo do ano por ameaça norte-coreana

O "kanji" escolhido para representar a tensão sucede o clima festivo do ano passado, quando o "Ouro" foi escolhido para comemorar resultados da Olimpíada

Norte: monge definiu este "kanji" como a representação de duas pessoas que se dão as costas (JIJI PRESS/AFP)

Norte: monge definiu este "kanji" como a representação de duas pessoas que se dão as costas (JIJI PRESS/AFP)

E

EFE

Publicado em 12 de dezembro de 2017 às 11h43.

Tóquio - O ideograma japonês "kita", que significa "norte", foi eleito nesta terça-feira o símbolo que melhor descreve a situação política e social deste ano no Japão, em meio à escalada de tensão na península coreana.

Este "kanji" - ideograma japonês de origem chinesa - foi eleito pela organização promotora destes caracteres com sede em Kioto (sul), com 7.104 votos a favor - de um total de 153.594 -, segundo indicaram os veículos de imprensa locais.

A escolha foi apresentada em cerimônia em um conhecido templo desta cidade, no qual o monge budista Mori escreveu esta letra em forma grande (1,5m de comprimento x 1,3m de largura) com um pincel especial de caligrafia e sobre o papel típico japonês - "washi".

O monge definiu este "kanji", durante o evento transmitido ao vivo pela televisão do país, como a representação de duas pessoas que se dão as costas e acrescentou que "se não se fala cara a cara, é impossível compreender, por isso é importante que cada um se esforce para buscar a paz".

Em 2016, a Fundação de Provas de Aptidão "Kanji" do Japão selecionou o símbolo "kin", que significa ouro ou dinheiro, depois que o Japão ganhou 12 medalhas nos Jogos Olímpicos do Rio e de o ex-governador de Tóquio Yoichi Masuzoe renunciou por um escândalo de fundos públicos.

Acompanhe tudo sobre:Coreia do NorteCrises em empresasJapão

Mais de Mundo

União Europeia aprova tarifas de retaliação contra os EUA em resposta às medidas de Trump

Irmã de Kim Jong Un diz que desnuclearização da Coreia do Norte não passa de um 'sonho'

Maduro assina decreto de emergência econômica de 60 dias em resposta a tarifas dos EUA

China aumenta tarifas sobre produtos dos EUA para 84% em resposta a Trump