Mundo

Japão e Cazaquistão reforçam laços por estabilidade na Ásia

Segundo o presidente cazaque, tanto Japão como o Cazaquistão "experimentaram o poder de destruição em massa das armas atômicas"

Reunião: o presidente cazaque encerrará a viagem ao Japão com uma visita à cidade de Hiroshima (David Mareuil/Pool/Reuters)

Reunião: o presidente cazaque encerrará a viagem ao Japão com uma visita à cidade de Hiroshima (David Mareuil/Pool/Reuters)

E

EFE

Publicado em 8 de novembro de 2016 às 11h04.

Tóquio - O presidente cazaque, Nursultan Nazarbayev, e o ministro japonês das Relações Exteriores, Fumio Kishida, acordaram nesta terça-feira estreitar a cooperação bilateral para promover a estabilidade e a paz na Ásia, e para impulsionar o desarmamento nuclear em nível global.

Nazarbayev e Kishida se reuniram hoje durante o terceiro dia da visita do líder cazaque ao Japão, segundo informou o Ministério japonês das Relações Exteriores em comunicado.

Japão e Cazaquistão "compartilham uma visão comum na maioria de assuntos em matéria das Relações Exteriores", e querem reforçar a cooperação já que o país centro-asiático ocupará um lugar como membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU para o período 2017-2018, acrescenta a nota.

Trata-se da quarta visita ao Japão de Nazarbayev, e ocorre antes que no próximo ano sejam completados 25 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países.

Nazarbayev também ofereceu hoje um discurso perante a câmara Alta japonesa, no qual recalcou sua vontade de impulsionar o desarmamento e a não-proliferação nuclear e destacou o respaldo de Tóquio neste sentido.

Tanto Japão como o Cazaquistão "experimentaram o poder de destruição em massa das armas atômicas", disse Nazarbayev em alusão às duas bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki ao término da Segunda Guerra Mundial e aos mais de 450 testes nucleares realizados na antiga república soviética.

"Eu gostaria de fazer uma chamada ao mundo desde Hiroshima para abolir as armas nucleares", afirmou Nazarbayev, que acrescentou que advogará por esta causa desde seu cargo atual e quando seu país ocupar um posto no Conselho Segurança da ONU.

Na véspera, Nazarbayev se reuniu com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e ambos reafirmaram o compromisso para impulsionar o desarmamento nuclear e a não-proliferação.

Após o encontro, Abe ressaltou seu interesse por estreitar a cooperação com um país que abriga grande quantidade de recursos energéticos, um elemento de interesse para a terceira economia do mundo, enormemente dependente do exterior neste terreno.

Nazarbayev, de 76 anos, também visitou hoje a Universidade japonesa de Tokai (centro do país), onde o líder cazaque anunciou a criação de dois centros acadêmicos e de inovação tecnológica em Astana e em Almaty, a cidade mais populosa do Cazaquistão.

Na quarta-feira, o presidente cazaque porá fim a sua viagem de quatro dias ao Japão com uma visita à cidade de Hiroshima, onde renderá tributo às vítimas do ataque nuclear americano ao término da Segunda Guerra Mundial.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCazaquistãoJapão

Mais de Mundo

Trump afirma que declarará cartéis de drogas como organizações terroristas

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia