Mundo

Japão diz negociar isenção às sanções ao petróleo do Irã

As sanções têm como objetivo evitar que o programa nuclear de Teerã seja usado para a construção de armas nucleares

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, reconheceu os esforços do Japão na terça-feira (Flickr - Photo Sharing/ Wikimedia Commons)

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, reconheceu os esforços do Japão na terça-feira (Flickr - Photo Sharing/ Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 20h09.

Tóquio - O Japão provavelmente irá evitar as sanções dos EUA contra o Irã, mesmo reduzindo atualmente as importações do produto iraniano de petróleo, disse na quarta-feira o chanceler Koichiro Gemba.

As sanções têm como objetivo evitar que o programa nuclear de Teerã seja usado para a construção de armas nucleares, e punem as instituições financeiras que lidam com banco central do Irã, o canal para transações de petróleo.

A violação das sanções poderia resultar na exclusão de empresas ao mercado dos EUA, fazendo com que o bancos japoneses sejam impedidos de operar na maior economia do mundo.

O Japão tem conversado com Washington para obter uma isenção, que pode ser concedida se houver um corte significativo no comércio com o Irã.

Tóquio já fez um corte de 40 por cento nas importações de petróleo do Irã nos últimos cinco anos, e está se oferecendo para fazer cortes futuros.

"Estamos nos estágios finais de negociações sobre acordo de metas das sanções e a compreensão mútua aprofundou consideravelmente", disse Gemba, em entrevista coletiva.

"Eu não acho que estamos em uma situação de se preocupar sobre se tornar um alvo de sanções." A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, reconheceu os esforços do Japão na terça-feira, dizendo a um comitê do Senado: "Eles têm vindo a reduzir as suas importações do Irã na faixa de 15-20 por cento desde o ano passado porque fomos conversar e trabalhar com eles." A renúncia protegeria os grandes bancos do Japão - Mitsubishi UFJ Financial Group .T, Mizuho Financial Group .T e Sumitomo Mitsui Financial Group  - de serem punidos por transações com o Irã.

Gemba não mencionou a redução de metas específicas, citando um impacto potencial de mercado, mas o governo disse que pretende manter o corte nas compras de óleo do Irã.

O Japão, terceiro maior importador de petróleo do mundo, comprou no ano passado quase 9 por cento do seu consumo de petróleo do Irã e sua dependência das importações de combustíveis aumentaram porque quase toda a sua geração de energia oriunda de reatores nucleares está parada devido a receios de segurança pública sobre a crise de radiação desencadeada pelo desastre de Fukushima no ano passado.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEnergiaEnergia nuclearInfraestruturaIrã - PaísJapãoPaíses ricosPetróleo

Mais de Mundo

Agenda do G20 no Brasil entra na reta final; veja o que será debatido entre os líderes globais

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social