Porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga: "posição de nosso país não mudará", disse (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 08h35.
Tóquio - O governo do Japão afirmou nesta segunda-feira que continuará sua política de pedir que as companhias aéreas locais não notifiquem sua rota às autoridades chinesas caso sobrevoem a nova zona de segurança aérea criada por Pequim.
"A posição de nosso país não mudará", disse hoje o ministro porta-voz do Executivo japonês, Yoshihide Suga, o que representa uma diferença de critério em relação aos Estados Unidos, que recomendaram a notificação a Pequim.
O Departamento de Estado americano aconselhou na sexta-feira que os aviões comerciais do país notifiquem Pequim sobre voos na zona, embora acrescentou que isso não significa que aceite as exigências chinesas.
As autoridades de Tóquio tentaram amenizar a diferença de critério entre os dois aliados e o primeiro-ministro japonês disse hoje que seu país quer "estar em sintonia" com os EUA na hora de enfrentar esta crise.
A Coreia do Sul também seguiu os passos do Japão e solicitou a suas companhias aéreas que não informem seus planos de voo para as autoridades de Pequim.
O conflito se iniciou a na semana passada, quando Pequim decidiu unilateralmente ampliar sua zona de identificação de defesa área, que agora se sobrepõe com áreas controladas pelo Japão e Coreia do Sul.
A nova área compreende as disputadas ilhas Senkaku, controladas por Tóquio e cuja soberania é reivindicada pela China (onde são conhecidas como Diaoyu), e uma zona controlada por Seul, na qual fica a ilhota submergida de Ieodo.
O conflito diplomático causado pela decisão da China será um dos principais assuntos que o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, abordará amanhã com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, durante sua visita oficial ao país, onde chegará nesta noite.
A viagem asiática do vice-presidente americano se completará com sua visita durante esta semana para a Coreia do Sul e a China.