Estátua em frente ao consulado japonês: governo do Japão decidiu retirar também seu cônsul nesta cidade sul-coreana (Yeo Joo-yeon/Reuters)
EFE
Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 09h09.
Tóquio - O governo do Japão decidiu hoje chamar para consultas seu embaixador em Seul em protesto contra a instalação de uma polêmica estátua que homenageia as escravas sexuais, em frente a um consulado japonês na Coreia do Sul.
A estátua foi instalada na semana passada em frente a representação consular japonesa na cidade litorânea de Busan (sudeste) por um organização cívica, após a aprovação do governo local, provocando o protesto de Tóquio e aumentando a tensão entre ambos os países.
O governo japonês decidiu retirar também seu cônsul nesta cidade sul-coreana, informou o ministro porta-voz do Executivo japonês, Yoshihide Suga, em declarações recolhidas pela agência de notícias "Kyodo".
"Pedimos repetidamente à Coreia do Sul que se encarregasse de resolver este assunto de forma apropriada, mas a situação não melhorou, portanto tomamos esta medida", disse Suga.
O Ministério das Relações Exteriores sul-coreano qualificou a decisão do Japão de chamar seu embaixador de "muito lamentável", segundo um comunicado.
"Inclusive se há assuntos problemáticos, os governos de ambos devem seguir potencializando os laços entre Coreia do Sul e Japão, baseados em uma relação de confiança", afirmou o Ministério sul-coreano.
A estátua, a segunda deste tipo colocada em frente a missões diplomáticas do Japão no exterior, representa uma menina descalça vestida com o traje tradicional sul-coreano, e simboliza as vítimas de abusos sexuais cometidos pelas tropas japonesas.