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Japão busca decisão aceitável a todos para 2ª fase de Kioto

País defende entrada da China e nos EUA na ampliação do Protocolo

Poluição no Japão: Kioto é, hoje, único acordo legal que obriga os países a reduzirem emissões (Koichi Kamoshida/Getty Images)

Poluição no Japão: Kioto é, hoje, único acordo legal que obriga os países a reduzirem emissões (Koichi Kamoshida/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 16h06.

Cancún - O Japão busca na 16ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudança Climática (COP-16), realizada em Cancún (México), conseguir uma solução "aceitável" para o resto dos países em relação à tentativa de estabelecer uma segunda fase do Protocolo de Kioto, disseram nesta quinta-feira à Agência Efe fontes da delegação japonesa.

O país asiático assinalou ser partidário de buscar um acordo global e vinculante que inclua os países que mais poluem o planeta - Estados Unidos e China, não submetidos ao Protocolo -, durante a COP-16.

No entanto, essa meta japonesa parece muito distante, já que implicaria que EUA e China, com, respectivamente, 19% e 22% das emissões de gases causadores do efeito estufa, assumissem compromissos vinculantes com cortes de emissões em linha com os 37 países que há anos os têm pelo Protocolo de Kioto.

As fontes japonesas indicaram que também não veem progressos em todos os temas que se negociam. Por isso, considerou que, nesses momentos, é difícil fazer uma avaliação a fundo do estado das negociações em seu conjunto.

No entanto, a fonte considerou "positiva" a condução das mesmas nas últimas horas, pois na quarta-feira os mais de 190 ministros e representantes governamentais que participam da conferência iniciaram um processo de contatos informais que não satisfez a Bolívia, de postura crítica aos países desenvolvidos.

Anfitriã da reunião, a chanceler mexicana, Patricia Espinosa, defendeu a transparência do processo e assegurou que todos os países estão abertos ao grupo de trabalho informal.

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