Soldado japonês monta guarda em frente a um lançador de mísseis PAC-3: último pedido do orçamento é composto de 4,65 trilhões de ienes para o ano (Toshifumi Kitamura/AFP)
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 07h57.
Tóquio - O Japão planeja aumentar seu orçamento de defesa este ano pela primeira vez em 11 anos, revelou o pedido orçamentário revisado do Ministério da Defesa nesta sexta-feira, em meio a uma disputa territorial com a China.
O primeiro-ministro Shinzo Abe levou o Partido Liberal Democrático a uma vitória esmagadora na eleição do mês passado, prometendo reforçar o Exército e se manter firme em uma contenda com a China sobre ilhotas no mar da China Oriental, reivindicadas pelos dois lados.
"Nossa postura de que vamos proteger firmemente nossas águas e territórios não mudou em nada. Como eu disse antes, não existe espaço para negociações", disse Abe a repórteres, depois de o governo aprovar gastos de 117 bilhões de dólares para reativar a economia.
O último pedido do orçamento da Defesa é composto de 4,65 trilhões de ienes (53 bilhões de dólares) para o ano começando em 1o de abril, permanecendo estável em relação ao orçamento inicial do ano fiscal atual, mais um conjunto de itens de última hora para os quais os custos ainda têm de ser determinados.
No entanto, esses itens, tais como um aumento não especificado no número de soldados e os custos de manutenção para o aumento do uso de aviões de vigilância, provavelmente vai ultrapassar os 100 bilhões de ienes (1,13 bilhão de dólares), segundo o ministério.
Em seu pedido inicial do orçamento para o próximo ano fiscal, apresentado na gestão do governo anterior do Partido Democrático, o ministério pediu 4,59 trilhões de ienes, queda de 1,3 por cento no ano, refletindo as restrições da enorme dívida pública do Japão.
O pedido do orçamento revisado deverá ser aprovado pelo gabinete, talvez com pequenos cortes solicitados pelo Ministério da Economia.
Em um orçamento extra de 13,1 trilhões de ienes para o atual ano fiscal que deve ser aprovado pelo governo, o Ministério da Defesa também vai receber 212 bilhões de ienes para impulsionar as comunicações, transporte e capacidade de defesa contra mísseis.