O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe: Abe está no poder há 20 meses (Kazuhiro Nogi/AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2014 às 09h01.
Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, o conservador Shinzo Abe, anunciou uma reforma do governo com o objetivo de dar um novo estímulo a sua ação política após 20 meses no poder.
Taro Aso no ministério das Finanças, Akira Amari na pasta da Revitalização Econômica e Fumio Kishida nas Relações Exteriores estão entre os seis veteranos que permanecem no governo, que agora conta com cinco mulheres, incluindo Yuko Obuchi como ministra da Economia, Comércio e Indústria (Meti).
O secretário-geral e porta-voz do governo, Yoshihide Suga, mantém os cargos, assim como o ministro dos Transportes, Akihiro Ota.
Esta é a primeira reforma ministerial de Abe desde que retornou ao poder.
O objetivo é retomar a popularidade do governo, além de concretizar as promessas.
A nomeação de cinco mulheres em um gabinete de 19 pessoas, incluindo Abe, pretende servir de exemplo às empresas, depois do governo ter exigido mais oportunidades para o sexo feminino.
Mas apesar da reforma, apenas duas mulheres, Obuchi e Sanae Takaichi nas Relações Internas, ocuparão ministérios de peso.
Uma nova pasta, Revitalização das Regiões, foi atribuída ao ex-ministro da Defesa Shigeru Ishiba, que deixará o posto de secretário-geral do Partido Liberal-Democrata (PLD), presidido por Abe.
O chefe de Governo optou por substituir alguns nomes importantes do partido, que domina a vida política nipônica.
O ex-ministro da Justiça Sadakazu Tanigaki assume o cargo de secretário-geral do PLD.
Com as mudanças, Abe deseja dar prosseguimento às reformas iniciadas em dezembro de 2012 e marcadas por medidas econômicas conhecidas como "Abenomics".
Além de medidas como a grande flexibilidade monetária, os analistas consideram imperativo que o governo aprove reformas estruturais na terceira maior economia mundial, que no segundo trimestre registrou uma contração de 1,7% do PIB.
Abe também deseja reforçar o peso diplomático dp Japão em um momento de tensões na Ásia, além de várias crises no Ocidente e Oriente Médio.