Mundo

Japão admite: a resposta ao terremoto foi lenta

Uma semana após tragédia, governo diz que poderia ter respondido mais rápido para evitar crise nuclear e AIEA exige informações mais claras

Dois homens voltam para suas casas pela primeira vez depois do terremoto na cidade de Kensennuma (Chris McGrath/Getty Images)

Dois homens voltam para suas casas pela primeira vez depois do terremoto na cidade de Kensennuma (Chris McGrath/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2011 às 01h24.

São Pauo - Uma semana depois do terremoto que vitimou milhares de pessoas e desencadeou uma crise nuclear no Japão, o governo do país admite que poderia ter agido mais rapidamente. Em entrevista coletiva, o porta-voz do governo, Yukio Edano, afirmou que os planos de contingência não conseguiram antecipar o tamanho do desastre. Também nesta sexta-feira, o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica da ONU (AIEA) reclamou ao primeiro-ministro japonês sobre a falta de informações mais claras a respeito do que está acontecendo na usina Fukushima I.

Yukiya Amano, que é também japonês, defendeu que a comunidade internacional espera "um maior volume de informações corretas mais rapidamente" por parte do governo e reclamou de erros em algumas informações divulgadas. O premiê Naoto Kan, por sua vez, prometeu à imprensa que o Japão “divulgará o máximo de informações possível (sobre a usina) para a AIEA, assim como para a população do mundo”.

Enquanto na usina equipes continuam tentando resfriar os reatores com água, o chefe da AIEA assegurou que enviará uma equipe de especialistas do órgão para monitorar os níveis de radiação no local. Apesar de grave, porém, a situação na central atômica não piorou nas últimas 24 horas, disse ele.

A tragédia - A situação parece ter se estabilizado nos reatores da central nuclear de Fukushima. O terremoto e o tsunami deixaram 6.539 mortos, segundo o balanço mais recente. Há 10.354 desaparecidos e o número de feridos supera 2.400. Agora, sete dias após a tragédia, as chances de se encontrar sobreviventes entre os escombros são cada vez menores - e o número de mortos deve subir diariamente.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-nuclearesÁsiaDesastres naturaisJapãoPaíses ricosTerremotosTsunami

Mais de Mundo

Porto de Xangai atinge marca histórica de 50 milhões de TEUs movimentados em 2024

American Airlines retoma voos nos EUA após paralisação nacional causada por problema técnico

Papa celebra o Natal e inicia o Jubileu 2025, 'Ano Santo' em Roma

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã