Zuma: "Ninguém nunca deu a razão [para que eu deva renunciar]", afirmou Zuma em entrevista na emissora estatal (Thomas Lohnes/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de fevereiro de 2018 às 11h00.
Johannesburgo - Em sua primeira declaração pública desde que o próprio partido pediu sua renúncia, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, afirmou nesta quarta-feira que tem recebido tratamento "injusto" das lideranças de seu partido, o Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês).
"Ninguém nunca deu a razão [para que eu deva renunciar]", afirmou Zuma em entrevista na emissora estatal. "Ninguém diz o que eu fiz."
A entrevista ao vivo foi transmitida pouco após a liderança parlamentar do ANC anunciar que a sigla apoiará uma moção de censura contra Zuma na quinta-feira, caso o presidente não deixe o posto ainda hoje.
"Eu acho muito estranho que eu esteja ouvindo de meu movimento 'Você agora precisa ir'", afirmou Zuma. O líder do país já foi envolvido em vários casos de corrupção, mas sempre afirmou ser inocente.
O presidente ainda alertou para o risco de episódios violentos por causa da pressão pela saída dele. "Provavelmente teremos violência política neste país" por isso, alertou. Fonte: Dow Jones Newswires.