Nova Zelândia: atuação da primeira-ministra durante a pandemia de coronavírus é bem avaliada (Martin Hunter/Reuters)
Reuters
Publicado em 18 de maio de 2020 às 11h11.
Última atualização em 18 de maio de 2020 às 11h12.
Jacinda Ardern se tornou a primeira-ministra mais popular da Nova Zelândia em um século, mostrou uma pesquisa da empresa Newshub-Reid nesta segunda-feira, graças à sua reação à covid-19, que fez de seu país um dos mais bem-sucedidos na contenção da doença.
A primeira pesquisa pública desde que a crise do coronavírus se instaurou mostrou que a popularidade do Partido Trabalhista de Ardern aumentou 14 pontos e chegou a 56,5% – a maior de qualquer partido em toda a história.
Em contrapartida, a maior sigla do Parlamento, os Nacionais, perdeu 12,7 pontos e está com 30,6% de aprovação.
A enquete foi realizada entre 8 e 16 de maio, e metade das respostas foi obtida após a sanção do orçamento federal na quinta-feira.
Como premiê, Ardern apareceu com 59,5%, um aumento de 20,8 pontos em relação à pesquisa anterior e a cifra mais alta de qualquer líder na história dos levantamentos da Reid Research.
A enquete levou em conta o sentimento público nos últimos dias do rigoroso isolamento de nível três do país, que também teve apoio maciço – 92% dos entrevistados disseram ter sido a decisão certa.
A nação do Pacífico ficou confinada durante mais de um mês com restrições de "nível 4", que foram reduzidas em um grau no final de abril. Ela continuou a impor medidas sociais rígidas a muitos cidadãos e negócios, ajudando a evitar uma disseminação comunitária generalizada do vírus.
Pontos comerciais como shopping centers, cinemas, cafés e academias reabriram na quinta-feira.
A ascensão estratosférica de Ardern como premiê mais jovem do país e a terceira mulher a ocupar o cargo levou os neozelandeses a cunharem a expressão "Jacindamania".