Venezuela: Maduro têm a obrigação de garantir a integridade de todos aqueles que tenham sob sua custódia, disse o Itamaraty (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EFE
Publicado em 9 de outubro de 2018 às 14h39.
São Paulo - O Ministério das Relações Exteriores do Brasil exigiu nesta terça-feira que as autoridades da Venezuela permitam uma investigação "transparente" e "independente" sobre a morte do opositor Fernando Albán, que estava detido na sede do Serviço de Inteligência (Sebin) em Caracas.
"As circunstâncias da morte de Fernando Albán em instalações prisionais sob direto e integral controle das autoridades venezuelanas suscitam legítimas e fundadas dúvidas quanto a eventuais responsabilidades e exigem a mais rigorosa, independente e transparente investigação", ressaltou o Itamaraty em comunicado.
O governo brasileiro tomou conhecimento, com grande preocupação, do falecimento do vereador venezuelano Fernando Albán. Leia a nota oficial: https://t.co/1C2bttGW3O pic.twitter.com/9VY2H4EyXF
— Itamaraty Brasil 🇧🇷 (@ItamaratyGovBr) October 9, 2018
O governo brasileiro lembrou na nota que o Estado venezuelano e o governo do presidente Nicolás Maduro têm a obrigação de "garantir a integridade de todos aqueles que tenham sob sua custódia".
O Itamaraty também transmitiu suas condolências aos familiares e amigos de Albán, que era acusado pelas autoridades venezuelanas de envolvimento no atentado fracassado contra o presidente Nicolás Maduro em 4 de agosto.
Albán, do partido opositor Primero Justicia (PJ), foi detido na sexta-feira no Aeroporto Internacional de Maiquetía, que serve a capital Caracas, quando retornava à Venezuela procedente dos Estados Unidos.
O ministro do Interior da Venezuela, Néstor Reverol, afirmou no Twitter que Albán estava "na sala de espera" de uma sede do Serviço de Inteligência em Caracas e "se jogou por uma janela das instalações, caindo ao vazio".
No entanto, o partido do vereador afirmou que o político foi "assassinado pelo regime de Maduro" e exigiu "a verdade" sobre o ocorrido.