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Itália teme imigração à Europa com queda de regime líbio

Segundo o chanceler italiano, Franco Frattini, expectativa é que um número entre 200 mil e 300 mil pessoas chegue ao continente

O ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini (esquerda), e Silvio Berlusconi (Franco Origlia/Getty Images)

O ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini (esquerda), e Silvio Berlusconi (Franco Origlia/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2011 às 09h35.

Roma - O ministro de Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, teme que no caso da queda do regime líbio ocorra uma onda migratória entre 200 mil e 300 mil pessoas em direção à Europa.

Frattini fez as declarações em entrevista publicada nesta quarta-feira o jornal italiano "Corriere della Sera", na qual assinalou que uma onda dessa magnitude seria dez vezes superior à crise registrada em 1997 com os refugiados chegados da Albânia ao litoral italiano. O titular de Exteriores indicou que se trata de estimativas baixas.

"Na Líbia, um terço da população não é originária do país, mas subsaariana. Estamos falando de 2,5 milhões de pessoas que, no caso da queda do sistema do país, escaparão porque ficarão sem trabalho. Nem todos (virão) à Itália. Grécia está muito mais perto de Cirenaica e Benghazi", comentou Frattini.

Frattini falou sobre o futuro da Líbia e afirmou que não tem ideia do que pode ocorrer no país após um possível fim do regime do coronel Muammar Kadafi.

O ministro assinalou que o problema é que parte de Kadafi não conhece nenhum outro político ou partido, por isso que, neste momento, é impossível imaginar um futuro depois dele.

"Na Cirenaica, como se sabe, existem tribos e nós não temos ideia de quem são", revelou o ministro, que lembrou a autoproclamação do emirado islâmico da Líbia Este.

Com relação a isso, comentou que o que se sabe deles é que são perigosos e contam com integrantes da Al Qaeda, por isso que no fim de 2006 a Itália decidiu fechar o consulado italiano na zona.

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