Membros da Marinha italiana resgatam imigrantes perto da costa da Sicília: mais de 20.000 imigrantes chegaram por mar à Itália vindos do norte da África e do Oriente Médio (AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2014 às 17h24.
Roma - A Marinha e navios da Guarda Costeira italianos resgataram mais 1.800 pessoas a bordo de barcos em águas agitadas ao longo da Sicília, disseram autoridades nesta sexta-feira, quando a crise crônica da imigração ilegal continuava na ilha do sul da Itália.
Mais de 20.000 imigrantes chegaram por mar à Itália vindos do norte da África e do Oriente Médio até agora neste ano, somando-se a um movimento de pessoas que tem se intensificado desde as revoltas da Primavera Árabe de 2011 e da guerra civil na Síria.
A Marinha italiana afirmou que um avião de patrulha da Guarda Costeira avistou vários barcos em dificuldade nas águas entre a Sicília e a Tunísia na quinta-feira e que um número de embarcações militares e da Guarda Costeira foi para o local, bem como dois rebocadores civis.
As chegadas mais recentes ocorreram depois que mais de 1.000 imigrantes foram resgatados no início da semana.
A Itália tem enfrentado dificuldades há décadas com um fluxo constante de imigrantes à procura de uma vida melhor na Europa. Eles viajam em barcos pequenos e inseguros do norte da África até a pequena ilha italiana de Lampedusa, no meio do caminho entre a Tunísia e a Sicília.
Mas o problema aumentou após a desordem que tomou conta da Líbia, o que abriu novas oportunidades para contrabandistas de pessoas.
A Itália criou uma força-tarefa naval especial apelidada de Mare Nostrum no ano passado, depois que centenas de pessoas morreram afogadas em dois desastres perto de Lampedusa e tem apelado para mais ajuda da União Europeia para lidar com as chegadas.
Com a aproximação das eleições para o Parlamento Europeu, em maio, a longa situação de emergência ganhou uma crescente importância política. O partido anti-imigração Liga Norte pediu a suspensão da Mare Nostrum.