Imigrantes: objetivo é "reforçar a fronteira externa para evitar as saídas de imigrantes irregulares" (Marco Di Lauro/Getty Images)
EFE
Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 14h26.
Última atualização em 1 de fevereiro de 2017 às 14h39.
Roma - O ministro das Relações Exteriores da Itália, Angelino Alfano, declarou nesta quarta-feira que seu país financiará com 200 milhões de euros (quase R$ 680 milhões) um fundo para conter a imigração ilegal rumo à Europa após conseguir fechar acordos com a Líbia, a Tunísia e o Níger.
Em entrevista coletiva, ele explicou que o objetivo é "reforçar a fronteira externa para evitar as saídas de imigrantes irregulares" para o Velho Continente.
Com esta medida, a Itália proporcionará "equipamentos e instrumentos técnicos" e formará "forças de segurança locais" destes três países para conter os fluxos migratórios irregulares ao litoral do país.
Durante seu comparecimento, Alfano criticou os países da União Europeia por não cumprir "os compromissos de recolocação" de refugiados e destacou que, "enquanto isso, Itália assina acordos bilaterais para fazer com que as saídas diminuam".
O propósito, segundo Alfano, não é "construir muros, mas reforçar o enlace entre solidariedade e segurança", pondo freio à imigração irregular e combatendo o tráfico de pessoas.
No mês passado, o ministro anunciou que o Executivo italiano negociava acordos com Níger, Tunísia e Líbia para acelerar as repatriações de imigrantes ilegais que chegam à Itália com a intenção de entrar na Europa.