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Itália faz exigências para aceitar acordo imigratório da UE

Giuseppe Conte quer que todos os países-membros da UE concordem em aceitar que navios carregando pessoas no Mediterrâneo atraquem em seus portos

Os líderes da UE concordam em aplicar medidas mais rígidas para reduzir a chegada de imigrantes do Oriente Médio e da África à Europa (Eric Vidal/Reuters)

Os líderes da UE concordam em aplicar medidas mais rígidas para reduzir a chegada de imigrantes do Oriente Médio e da África à Europa (Eric Vidal/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de junho de 2018 às 15h29.

Bruxelas - A Itália fez grandes exigências nesta quinta-feira para aceitar um acordo da União Europeia sobre imigração, algo que a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, precisa urgentemente para evitar uma crise em sua coalizão governista.

Chegando para o que com certeza serão conversas tensas em Bruxelas, líderes de Espanha, Grécia, Finlândia e Luxemburgo apoiaram os esforços de Merkel para restringir a "imigração secundária" de pessoas que chegam pelo sul da Europa e partem para a Alemanha através da zona de trânsito livre do bloco.

Entretanto, o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, disse que vai recusar qualquer acordo a não ser que os Estados- membros da União Europeia também concordem em permitir que navios carregando pessoas no Mediterrâneo atraquem em seus portos.

Os líderes da UE irão discutir em um encontro de portas fechadas, mas tentam demonstram unidade em público, concordando em aplicar medidas mais rígidas para reduzir a chegada de imigrantes do Oriente Médio e da África à Europa.

Merkel, a líder em exercício da Europa há mais tempo no poder, tem sofrido intensa pressão política de seus aliados linha-dura da Baviera, que estão ameaçando fechar sua fronteira para imigrantes se a chanceler não conseguir alcançar um acordo com os parceiros europeus da Alemanha.

Isso pode provocar o colapso do governo atual de Merkel, consolidado há apenas três meses, e desgastar a zona de trânsito livre do Espaço de Schengen, colocando em risco o comércio transnacional e muitos empregos das cerca de 500 milhões de pessoas da UE.

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