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Itália faz ação contra rede de tráfico de pessoas

A operação, coordenada pela Promotoria de Palermo (Sicília, sul), aconteceu desde as primeiras horas desta segunda-feira em cidades de todo o país


	Polícia italiana: os 38 sujeitos sobre os quais recaíram as ordens de detenção são acusados de crimes como filiação à associação criminosa
 (Alessandro Fucarini / Reuters)

Polícia italiana: os 38 sujeitos sobre os quais recaíram as ordens de detenção são acusados de crimes como filiação à associação criminosa (Alessandro Fucarini / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2016 às 12h19.

Roma - A polícia italiana emitiu nesta segunda-feira 38 ordens de detenção contra supostos membros de uma rede que administrava a chegada de imigrantes pelo Mediterrâneo, uma operação que foi possível graças ao testemunho de um ex-integrante do grupo.

A operação, coordenada pela Promotoria de Palermo (Sicília, sul), aconteceu desde as primeiras horas desta segunda-feira em cidades de todo o país, informou a imprensa local.

Os 38 sujeitos sobre os quais recaíram as ordens de detenção são acusados de crimes como filiação à associação criminosa, agravada pela finalidade para favorecer a imigração, e de tráfico de entorpecentes.

A sede desta suposta rede criminosa foi localizada em uma perfumaria de Roma, onde as autoridades apreenderam 526 mil euros e US$ 25 mil em dinheiro e uma agenda na qual figuram nomes e contatos de cidadãos estrangeiros.

Acredita-se que esta organização se encarregava de tramitar o fluxo migratório desde o litoral norte-africano até o do sul da Itália e que só no verão do ano passado facilitou o desembarque de mais de quatro mil imigrantes em Palermo.

Depois, estas pessoas eram ajudadas a fugir dos centros de amparo e transferidas a cidades da Itália peninsular, como Roma e Milão (norte), desde onde empreendiam sua viagem rumo a países do norte europeu como Alemanha, Holanda e a região da Escandinávia.

A operação foi possível graças à colaboração de Nouredin Atta, um antigo membro do grupo criminoso e que apontou seus antigos companheiros, fornecendo inclusive fotografias e vídeos para denunciar seus crimes e seus métodos.

De acordo com o depoimento, divulgado pela imprensa, os imigrantes que não conseguiam pagar a viagem à rede criminosa eram assassinados e seus corpos vendidos por 15 mil euros no mercado negro do tráfico de órgãos.

Entre as 38 ordens de detenção figura também o nome de um italiano, Marco Pannelli, que segundo Atta se encarregava de transportar os imigrantes pelo território nacional a bordo de uma caminhonete.

Além disso, a rede administrava um grosso volume de capital derivado do tráfico de droga na capital italiana, que alcançava os 300 mil euros semanais de acordo com a mesma fonte.

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