O protesto rejeita o plano de ajuste de mais de 30 bilhões de euros do primeiro-ministro Mario Monti, que foi aprovado no fim do ano pelo Parlamento (Tony Gentile / Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2012 às 09h02.
Roma - A Itália enfrenta nesta sexta-feira uma greve que reúne diferentes setores produtivos do país, entre eles o de transportes, em protesto pelo plano de ajuste de mais de 30 bilhões de euros do primeiro-ministro Mario Monti, aprovado no fim do ano pelo Parlamento.
Vários sindicatos minoritários convocaram esta greve de 24 horas, que deve ter maior apoio entre os transportes públicos locais e os serviços ferroviários.
Além disso, os caminhoneiros estão parados há dias em protesto pelo aumento do preço dos combustíveis, causando desabastecimento nos supermercados.
Os bloqueios nos transportes de mercadorias já provocaram a cessação das atividades em várias fábricas da Fiat e nas duas instalações da Coca-Cola na Itália.
Segundo os sindicatos que convocaram a nova greve, que se somará a uma manifestação em Roma e afetará a administração pública, a educação e os serviços postais, o objetivo é protestar contra o Governo Monti, que 'reduziu o poder aquisitivo' com medidas como o aumento do IVA e do imposto sobre bens imóveis.
Monti aplica 'os ditames do Banco Central Europeu e da União Europeia, que protegem os interesses do grande capital bancário, financeiro e econômico, descarregando os custos da crise capitalista sobre os trabalhadores', reza a nota.
O protesto destes sindicatos também está dirigido contra os dois planos de ajuste do anterior Governo, presidido por Silvio Berlusconi, e o 'deslocamento' de sua produção que a Fiat estaria promovendo.